7 de abril de 2010

GENTE QUE FAZ FALTA: JAMILSOM


E no quadro GENTE QUE FAZ FALTA depois de ter falado do Didi em PERSONALIDADE LUZIENSE, nada mais justo que relembrar a passagem cômica e marcante de um dos nossos melhore palhaços: O JAMILSON. Aos que lerem o texto sobre o Didi e não e lembrarem das suas peripécias nada mais real e moderno que esse moço: O menino de sorrisos impares. O garoto das brincadeiras inenarráveis. O rapaz da risada larga e única. O Jamilsom: o Didi da modernidade. Ninguém viveu tão intensamente como ele. Ninguém sorriu tanto como esse jovem. Talvez por isso, poucos fazem tanta falta. Não sabemos ao certo que propósito Deus reservou a ele, mas todos que convivemos e rimos das suas loucuras em Santa Luzia, concordamos que ele se foi numa hora errada. Sua morte foi chorada durante dias, meses...anos se passaram e sua falta é sentida, porque sabíamos que sem sua presença muito dos nossos risos não sairiam mais estampados no nosso rosto. O luto cobriu a cidade e homenagens foram feitas porque aquele menino negro e feliz era o retrato de que a vida parecia ter mais cor. Ele era o que chamamos de clone do Didi, ria do mesmo jeito, amava aventuras, tinha paixão por motos e fazia a cidade mais feliz. Quadrilhas juninas, nas malucas e lá se vem a miss caipira num vestido de arrasar, num sorriso de matar. Bloco de carnaval, as ruas se enchiam de gente pra vê-lo passar. Quem foi amigo do Jamilsom sabe que a praça ficou mais triste sem ele, quem participou dos blocos do carnaval em Santa Luzia sabe que o abadá perdeu um pouco do colorido depois de sua morte. A alegria foi deserdada, os amigos ficaram órfãos, a felicidade perdeu seu sentido e ele faz falta. Muita falta! Morrer faz parte da vida, mas ver e sentir uma pessoa tão jovem e tão feliz partir nos causa muita dor, ainda mais quando essa pessoa é um amigo, um amigo daqueles que sempre pôs a turma pra cima, um amigo daqueles que nunca deixou a peteca cair, um amigo daqueles que sorriu até o último momento, um amigo que divertiu a vida, brincou com a morte, enganou o tempo porque nunca cresceu, era sempre a mesma criança, e cativou a todos. Ele era o nosso Peter Pan e por isso nunca será apagado da nossa história, uma página do livro que ele escreveu com muito riso e cheio de graça. Sinto saudade daquele eterno menino que num olhar fazia a gente feliz. Sinto pena da vida que perdeu uma pessoa tão única e que por isso deixou de ser tão mais interessante. Sinto dó dos sorrisos que foram apagados com o seu enterro. Tenho dor em pensar que ele podia ter vivido mais, aproveitado mais. Olho para as sua fotos e até hoje ainda me pergunto por quê? Era gente muito fina o Jamilsom. Era um dos personagens mais importantes das piadas que traziam risos ao nosso olhar. Foste cedo, amigo. Deixaste a gente aqui sem saber o que fazer. Viajaste pra muito longe, querido, e deixaste a gente aqui sem eira nem beira. Morreste muito jovem e roubaste de teus pais e irmãos muitos motivos para serem felizes, mas deves está em algum lugar muito bom e bonito porque sempre soubeste o que fazias. Acertaste sempre, apesar desse teu jeito meio errado. Atiraste no alvo e marcaste o nosso coração. Fincaste raiz em nós. Lembramos de ti e ainda hoje sorrimos. Sentimos que tu estás perto e não conseguimos chorar. O nosso carnaval clama o teu nome. A tua morte pede por um pouco mais de vida e a tua lembrança é sempre a melhor. Se tivesse que te fazer uma reclamação, diria que acertaste em tudo, menos na hora de morrer. Eis aqui o teu grande erro, deixaste a gente num momento em que íamos dar a nossa melhor risada. Mas morreste e o porquê não sabemos e só o tempo nos faz aceitar. Fique em paz. Cuide de nós. Que Deus esteja contigo.

Um comentário:

Vanda disse...

Cara amiga,
Lendo seus artigos, encontrei o que fala do meu filho, "JAMILSON". Fiquei emocionada. A mesma pergunta que vc fez, eu faço constantemente. Porque ELE se foi tão jovem? Só DEUS é que sabe o que aconteceu naquele infortúnio momento. Existem vários lugares que retratam a sua imagem, mas, a praça é...não sei explicar. Quando vinha da escola à noite, lá estava junto com os amigos, bricando, sorrindo como sempre.Se me avistasse, gritava: professora Vanda! Quando passo ao redor e vejo os seus amigos, fico procurando, parece que vou revê-lo, que vou ouvir sua voz. É uma busca icessante, porém, vazia, pois sei que ELE está junto do Pai Celeste, na morada eterna. Aquela máxima que diz, "o tempo faz esquecer", para mim não tem sentido, pois, quanto mais o tempo passa, mais sinto saudade, mais tenho vontade de tê-lo ao nosso lado. Mas, é isto. A vida nos reserva muitas surpresas, boas e ruins. Temos que aprender a conviver com elas, vibrando e transpondo-as , quando necessário.
Obrigada por ter lembrado do nosso querido e amigo JAMILSON.
Bjs!!!