O Passado é uma Parada

24/03/2010

(KKKK) Nem escrevi e já estou morrendo de tanto ri. Existem lembranças em Santa Luzia que só de lembrar dá vontade de se espocar de tanto que é grande a sacanagem. Vamos falar agora do famoso e desejado diploma do MAGISTÉRIO. Acabar os estudos na escola Florentina era o sonho de qualquer jovem no 47. O grau de magistério era muita coisa numa cidade que naquela época não oferecia muitas opções e faculdade era um sonho distante e quase que impossível para muitos, aí, o magistério era o nosso sonho de consumo, tão esperado o certificado do Ensino Médio técnico em Magistério que a festa de colação de grau era o acontecimento do ano e aqueles que eram escolhidos para paraninfo, ficavam mais felizes que quando a escolha era feita para padrinhos de crisma (que naquele tempo, era o babado, meu bem! KKKK). Roupa de formatura costurada pela dona Adalgiza ou alugada em Capanema, anel em ouro com pedra verde, ceia de primeira, solenidade e missa em ação de graça e tudo. O negócio era sério, meu bem, chiquetérrimo. Até o prefeito era convidado pra compor a mesa (KKKK).
Numa época em que ainda fazíamos cabeçalho nas folhas de papel com pauta e a diretora era a indescritível professora Maria José, a festa contava com a presença dos pais formandos, amigos, e autoridade. Tudo como mandava o figurino e na tradição, a roupa era parte indispensável para o sucesso da festa. Modelos tirados em catálogos da Hermes, cetim e seda para o corte e costura, carreiras de botões redondos nas costas nada nuas dos vestidos das damas, modelitos com mangas bufante com altura regulável feitos com ombreiras em esponja pra dar e charme. E para os meninos, paletó, terno e gravata, tá pensando o quê? HORRÍVEL. RIDÍCULO, mas faziam o maior sucesso! (KKKK)
Não acredita? Confere aí nas fotos!

24/03/2010


Sei que quem leu a postagem acima deve está pensando: Atrás da igreja eu não namorei não, mas na ladeira que dá pro Sítio do Padre (KKKKKK). Aquela ladeira escura hein, se ela falasse, muita gente do 47 estava frita. Era mais que tradição sair da missa às escondidas para seguir por ali pela rua do Louro onde fica ou ficava a casa das irmãs. (KKKKK). A ladeira era o refúgio dos casais mais atirados, aqueles que, além de beijinhos, queriam algo a mais. Amassos e pegas-pegas entre uma moto e outra que passava pra pegar no flagra o casal enxerido que passava dos limites.

Bom, na ladeira eu nunca fui não mas a Thaisa...(KKKK) Cala-te boca, Junia!(KKKK)

E aí pode ser que um engraçadinho que esteja lendo gruite daí: "E a Torre, Junia, você esuqeceu dela!' A torre, aquela que o povo chamava de Torre da vargem, ou torre da repetidora (KKKK), impossível esquecer. Mas aí, não era namoro não, era fogo mesmo, onda de verdade, mas vamos deixar pra mais tarde essa conversa! Senão vamos começar a baixar o nível e ter que citar o campo do 46, a Maloca da Ana Lúcia, os quartinhos do Gilberto (KKKKK), o Manoel Bombom, a calçada da Florentina, o muro do cemitério....(KKK)É melhor não senão a coisa vai ficar feia!
24/03/2010
Muito bom relembrar! Muito engraçado!


Apresento aos leitores do blog Santa Luzia Ponto Com três versões hilárias do concurso miss fazendeira luziense. (KKKKKK). O concurso mais esperado que o Garota Pérola de Bragança. É isso mesmo? Quem não lembra é porque não viveu a melhor época dos grandes arraiais em Santa Luzia. A disputa entre miss Fazendeira e miss Comerciante era a atração de maior pique no IBOPE das famílias no 47. A Barraca da Santa lotava pra ver o desfile dessas meninas que defendiam na performance e nos votos o título de miss luziense. Nas fotos, com orgulho, a vencedora do concurso, sabe lá de que ano, a Corrinha, minha irmão Socorro; ao meio e não menos elegante, a derrotada Nazaré Vieira, a Nazinha, minha irmã também e que perdeu na época para a Thaisa, a representante dos comerciantes e que teve apoio dos grandes nomes do comércio luziense como o inesquecível senhor Waldir Oliveira e, por último, a também campeã, Silvia Lucena, a fazendeira do ano - também pudera né, o seu patrocinador era o inenarrável Ozório, o fazendeiro mais temido da cidade.

08/03/2010

E pra quem pensa que só as meninas eram fashion lá em santa Luzia, a foto já postada por mim confirmou que isso não é verdade não. Os meninos do 47 eram cheios de moda também. Vejam a imagem abaixo:

Nela o Dandam e o Alexandro, tinham um estilo pra lá de ousado e cheio de tendências. Eles eram adolescentes ainda, mas, desde cedo, entendiam de moda e, por isso, aderiram a moda do momento: o estilo Menudos!

Estão pensando o quê, que ser fashion é coisa só de mulheres?

KKKKKKKKKKKKKKK!!!Uma piada!

O PASSADO é REALMENTE uma PARADA! Aguardem que tem mais!

08/03/2010
E, pra continuar com a nossa seção o PASSADO É UMA PARADA, vejamos o look numa visão dos pés, falaremos agora em calçados. O sapato antigamente era considerado a peça do vestuário que tinha a finalidade de proteger os pés, mas hoje em dia não existe só essa finalidade para eles. Alguns afirmam que existem pinturas paleolíticas em cavernas da França e Espanha sugerindo a existência de calçados já em 10.000 a.C. Contudo, há pesquisadores que afirmam que os sapatos foram criados na Mesopotâmia, onde atualmente encontra-se o Iraque, há mais de 3.200 anos. Eles só não fizeram uma pesquisa mais aprofundada lá pelos lados da BR 316, quando desde muito tempo a galera já inventava moda com os pés. Tudo bem que inventar, inventar é exagero, mas no catalogo da Avon ou da Hermes as opções eram diversas, porém a juventude luziense sabia exatamente qual a tendência do momento. Muitas vezes, devo dizer, os sapatos pedidos em catalogo vinham menor ou maior que os pés, mas não tinha problema não gente criativa sempre dava um jeitinho!

Os sapatos são a extensão e a complementação das roupas e alguns estudos afirmam que é o acessório que mais revela a personalidade de quem os usa. Por isso, desconsiderando a roupa, que faz parte obrigatória da dança SALUDOPÁ, na época em apresentação lá na quadra da escola Florentina, vejamos os sapatos das minhaa amigaa Hélia e Cassiana. Modelitos super fashions de dar inveja a qualquer estilista moderno...KKKKKKKKKKKKKKKK. UMA piada!


Cá pra nós hein, as meninas arrasaram no modelo do sapato. Plataforma universal, confeccionado em pano, com ilhós em prata e fivela de mesma cor. KKKKKKKK...Reconheço que o par usado pela Cassiana poderia até ter realmente vindo do catálogo da Hermes, mas a Hélia, metida do jeito que era, com certeza deve ter adquirido o seu par de relíquias lá no Imperador das Novidades, o bazar do Vavá, o lugar mais procurado pela elite luziense quando o assunto era sapatos.
KKKKKKKKKKKK! O passado realmente é uma parada!


E, olha, que as duas amigas, aí de cima, não acertaram só no calçado não, a franja no cabelo tem estilo contemporâneo e está super na moda hoje por todos os cantos do Brasil. Compare o franjão das meninas de Santa Luzia com a feita por Thaís Araújo. Parecidíssima. Chiquetérrimas! Né que ela arrasaram?

08/03/2010


Aos que adoram o quadro O PASSADO É UMA PARADA aqui vai mais uma relíquia do quadro de memórias que marcou todos os que viveram na época em que a criançada se rendia aos shows da Xuxa luziense. Eu já havia postado essa recordação antes mas quando estive no 47 fiz questão de fazer uma vista à Vâni, a nossa xuxa luziense. Ela está casada, tem um filho lindo e vive muito bem obrigada como meu amigo Miguelzinho. Conversamos sobre aquela época e rimos muito relembrando os dias de show em que a Danceteria Beleza Pura ficava lotada para a apresentação da Xuxa e suas paquitas. A Vâni me disse que elas ganharam muito dinheiro naquele período e que as roupas eram feitas por altos custos e por isso não deu pra aproveitar a fama. Disse que o Elder era o empresário da turma e que eles fizeram muitas viagens inesquecíveis. Falou que não se parece com a xuxa, mas que curtiu muito o bom momento de sua carreira.

Valeu Vani, um forte abraço e olha, obrigada por ter garantido o sorriso em muitos olhares trites e pobres da nossa cidade!

Eu já convessei aqui que fui sua fã e fui mesmo, acredite!

03/03/2010
KKKKKKK...Vou começar essa postagem rindo porque não há como falar no assunto sem rir. Olhar as fotos do passado é reviver muita coisa, mas, principalmente, muita coisa engraçada!Fui à casa da Francisca, a mulher do vereador Franço, eu sabia, conhecendo bem essa minha amiga, que ela poderia me ajudar com algumas imagens e ai, ela me pediu um tempo para revirar algumas caixas e trouxe lá de dentro cada raridade que é inacreditável. Duas, eu faço questão de postar agora. Trata-se de uma foto que poderá mudar pra sempre a nossa visão de modernidade. Essa velha história de modismo. Uma série de estilistas que são convidados para desenharem as tendências do verão, do inverna e sei lá do quê...Acontecimentos que apresentam ao público o que é ou não fashion no mundo da moda. E, vejam só, tanta coisa, tanto bafo, tanta potoca pra percebermos que esse negócio de Look contemporâneo nada mais é do que uma cópia muito mal feita daquilo que a galera já usava há muito tempo nas festas e bailes do 47. KKKKKK...Baile do Vermelho e Preto, Sex Appeal, Festa das Flores....Nossa, gente!! Tantos modelitos que fizeram histórias nos houses do João Borracheiro, no Clube da Piscina, na Quadra da Florentina e até na sede do Alonso (KKKKKK). Ai, meu Deus, eu não aguento!!!
Vejamos essa nova tendência das saias e shorts com cós alto que hoje é caríssima nas boutiques em shoppings de todo o país, a minha amiga Simone Costa, na foto junto com o França e a Luzia Chaves, já havia inventado essa moda há anos!!!(KKKKKK).


Esse negócio de cintura alta não é nada moderno, veja a Silvia do Manoel Pinto ai na foto tirada na Barraca da Santa em dias de leilão, ela já usava essa tendência desde muito cedo.(KKKKK).


E não é só em roupa não que a nossa turma era ligada naquela época, os penteados da galera eram pra lá de fashion também. Veja a professora Silvânia e sua amiga Deusinha, minha irmã, por exemplo, esses seus cabelos pra lá de ousados e fashions, com essa franja chiquetérrima. Tendência pra lá de inovadora. (KKKKK).


O problema é que esse povo de hoje não inventa nada, muda o nome e ganha dinheiro fácil. O que naquela época a Silvânia e a Deusinha chamavam de partinha o povo de hoje chama de franjão...Hum. Sei não. Se os estilistas mais famosos descobrissem o 47 iam ver o que é moda de verdade! (KKKKK). Valeu, gente!

01/03/2010


Recebi umas fotos antigas da última vez que estive em Santa Luzia e não resisti....Estava só esperando uma oportunidade para postar esse texto na página “O passado é uma parada!”. Uma delícia observar essas imagens e saber que elas marcaram para sempre a nossa história. Quem não tem uma fotinha dessa não foi feliz e nem teve uma boa infância. (KKKKK).Lembro com saudade da época em que na escola, recebíamos a visita de um fotógrafo - ele e sua máquina de rebobinar de flesh enorme, das antigas, Love ou Kodak, de filme com 36 poses. (KKKK). O profissional chagava na escola depois de ter sido esperado o ano todo, passava o seu recado e depois nos entregava um papelzinho em xérox para entregarmos aos pais para a autorização da imagem. Uns, compravam a foto com moldura e tudo, aquelas antigas de madeira com bordas cafonérrimas esculpidas em alumínio, meu Deus...que saudade!!!!Outros, compravam somente a foto que era mais barato, porém, raros eram os que não queriam a imagem. Ela era tradição ali nos corredores da Florentina. Lembro perfeitamente que fazíamos a pose na sala da diretoria arrumada por aquele homem que estendia uma bandeira ao fundo e depois postava a nossa série junto ao globo mundial (KKKK). UMA PIADA!
Nas fotos acima, meus amigos Élison e seu irmão Macaxeiras – LINDO, o Macaxeira, caralho’s!
KKKKK. O PASSADO É MESMO UMA PARADA! Bom relembrar excelente saber que vivi essa época também!

19/02/2009

Estava adentrando o supermercado Formosa quando fui surpreendida por uma dessas promotoras de venda que oferecem a nós doces, provas ,ou ainda, sachês demonstrativos desse ou daquele produto. Pedia que eu provasse as duas novas fragrâncias do Leite de Rosas – fresh e pétalas. Um pequeno kit com duas miniaturas do produto era a doação gentil da indústria, diga-se aqui, brasileira, aos consumidores que por ali passavam quando das compras domésticas. Fiquei com os pequenos frascos nas mãos pensando: “Anos e anos e, depois de tanto tempo, esse frasco ainda é o mesmo! Nossa!”. Quem de nós não se lembra daquele ‘vidrinho’ de plástico cor de rosa com o rótulo e a marca em branco em fontes cafonas com a tampinha de enroscar branca também? Lembrei que, às vezes, abria o vasilhame com a boca porque parecia emperrado. A gente derramava o produto nas axilas que ficavam cheirosas e brancas também. Caramba...Leite de Rosas é muito antigo. O que podemos chamar de desodorante tradicional! Impossível não lembrar. Aí, fiquei pensando, quanta coisa a gente usava na minha época de adolescência lá no 47 e que hoje nem existe mais? Produtos de higiene de todo o ser nascido em Santa Luzia eram aqueles de muito cheiro e de frascos antigos e cafonas: Neutrox, lembram? Condicionador com um perfume que de tão cheiroso enjoava ao estômago. Um dia, enquanto percorria os olhos pelas prateleiras de uma farmácia, um vidro de Neutrox me chamou a atenção. Estava lá, em pé, no meio da prateleira, esquecido, sozinho, porém com toda a sua dignidade:redondinho e alto, com a tampa vermelha, tal qual ele sempre foi durante toda a minha infância. Senti aquele cheiro e instantaneamente lembrei exatamente de tudo: os dias de festa, catecismo e missa, a sensação de morar e viver no interior, o banho de igarapé e chuva e os minutos perdidos amaciando os cabelos com Neutrox. Aquele cheiro está em mim até hoje.naquela época em que condicionador era creme, o neutrox não seria nada sem um perfume mais catastrófico ainda, o cheiro do shampoo que, no 47, gente cheirosa mesmo usava: o Darling! (KKKKK). Inesquecível!!!Pensa num shampoo cheiroso!!!Olha, gente, eu, sinceramente, acho que, naquela época, não havia ninguém fedorento porque com uns produtos desses, não tem combate! Aí, a galera tomava banho com Darling, fazia massagem com neutrox, usava desodorante leite de rosas, o perfume, não havia outro, só o Musk....KKKKKKKKKKKKKK. O passado é realmente uma parada!Muito bom relembrar! E esse pessoal de hoje pagando caríssimo pela Natura ou O Boticário, sem saber que produto bom mesmo era os do nosso tempo. Quando a molecada cheirava a talco barla, lavava o cabelo com lux tradicional que ganhávamos no amigo invisível; os adolescentes cheiravam mais que penteadeira de quenga e as vovós, nossa, essas não saíam de casa sem espirrar no pescoço a colônia alma de flores – aqueles quites que ganhávamos em aniversario (kkkkkkkkkkk). Tempos bons aqueles, pena que não voltam mais! Se eu fechar os olhos consigo até me ver saindo de casa aos chamados do sino para a missa dos jovens toda perfumada com os meus produtos tradicionais usando a roupa e os batons que pedíamos nos catálogos da Avon ou da Hermes (kkkkkkkkkk).Uma piada!

08/02/2010

 
É chegado o carnaval em Santa Luzia. O tão esperado Carnaluziense. Trios e bandas vindos da capital do estado. Blocos e abadás confirmam a modernização da cidade. Fantasias,cervejas, micaretas e achés que embalam a galera nos três dias de folia na Avenida Castelo Branco, a nossa avenida principal. Tem gente esperando o bloco passar, tem concurso de melhor performance carnavalesca. Jacaré, Os deserdados, Somos de Deus, Tradição Junina, Burro Elétrico e uma infinidade de brincantes vão encantar as ruas da cidade numa diversão de tempos modernos. Mas quem se lembra de como era antes? É o que vamos descobrir aqui, na postagem de hoje sobre COISAS QUE EU LEMBRO, a nossa página que já é o maior sucesso.
Bom, carnaval no 47, na minha época de adolescente, era regado de muito riso e diversão. Lembro que o listão do vestibular saía por esse período e aí a cidade tinha um motivo a mais pra comemorar - lá em casa então, todo ano tínhamos um aprovado e a cerveja com churrasco corriam soltos. O lugar comemorava a aprovação de um de seus moradores como sendo o acontecimento. O filho não era só do seu Feliciano era da cidade também e a festança ia até de madrugada. Mas além disso, o que realmente marcava as marchinhas e gritos carnavalesco do lugar eram os desfiles promovidos pelos amigo Didi, hoje motorista de van, e o Missião, seu parceiro e irmão da sacanagem, o Louro, um rapaz que tinha uma taberninha colada na Barraca da Santa e que produzia fantasia e apetrechos para o carnaval. O Louro era muito engraçado e, quando se unia ao Aderson, então, a coisa não prestava. Lembro que a gente saía de casa só pra esperá-los passar vestidos de mulher. UMA PIADA! Naquela época, os times de futebol faziam uma partida no campo com os jogadores fantasiados de meninas e a turma faltava perder o fôlego de tanto rir. Os meninos do Seu Zé Martins, os irmãos da Lucia Machado, a galera da rua perto da Piscina...ERA muito divertido. A Currutela ficava lotada de gente pra assistir ao jogo mais esperado do ano e o Didi e seu bloco chegavam por lá antes da partida pra alegrar a torcida. MUITO ENGRAÇADO! Somos da época da maizena. A gente era breado com aquele pó, ou com trigo, pelos brincantes dos blocos que vinham a pé e pegavam a gente de surpresa. Não havia briga por isso, todo mundo entrava na sacanagem porque era tradição. TRADIÇÃO mesmo, tanto que já era esperado. Mas nada, NADA, substitui as boas lembranças de carnaval que vivemos, que as folias vivenciadas na danceteria Beleza Pura quando o JudSOM, ainda era o ALVINEGRO, e o DJ era o Arfonso ou o Édi. Maravilhosos! Tempos das festas de carnaval inesquecíveis. Lembro que o som começava a troar pela danceteria logo que o jogo terminava avisando o começo do carnaval, que nem carnaluziense era. A tarde toda fazíamos trenzinhos aos ombros dos amigos ao som das velhas marchinhas. TRADICIONALÍSSIMO o Carnaval do João Borracheiro. Muito bacana ter vivido esses momentos. Não tínhamos muita confusão, a galera brincava numa boa e depois que as marchinhas cansavam o corpo, AGITO neles... Dançar agito na Beleza Pura era tradição também “po popedinha”, “cola me faz bem, cola me faz mal”, “O Valdeci é o satanás!!”KKKKKKK. Muito divertido lembrar. Esse nosso inglês podre! Agitávamos aos som das discotecas, final de festa duvido que elas não tocassem, os famosos Flash Back’s. Músicas que marcaram a nossa época, o globo rodando e a gente embaixo prestando atenção ao jogo de luz fulero, mas, que naquele tempo, era a maior novidade. Sinto saudade, apesar de saber que hoje temos muito mais atrações e opções. Carnaval no João Borracheiro, uma época que vale a pena recordar. Muita saudades dessa tradição!

05/02/2010

Quem deu o ar de sua graça por aqui foi a minha amiga de infância, a Norinha, filha do vereador Neguinho do Coco e da inesquecível professora Vanda. A Norinha era uma das amigas de estudo da época da Florentina, sapeca mais que eu e a Thaisa juntas. Ela gostava muito da Cassiana, a filha da Dora, que por destino, hoje é muito amiga de sua mãe, a professora. As duas viviam juntas num grupinho que contava ainda com a presença da Hélia e da Alessandra sua prima. Fizemos muita bagunça nos dias de aula naquela escola. Lembro quando era dia de vacinação, os assistentes de saúde fechavam a sala e a gente faltava morrer de pânico lá dentro com medo da agulha que nem existia, pois o pavor vinha mesmo do revólver que vacinava a ar comprimido. Era de tirar o fôlego. Naquela época as campanhas eram torturantes e obrigatórias, hoje, vai quem quer e tem consciência. SACANAGEM! Vou aproveitar a passagem desta minha amiga por aqui pra postar um textinho sobre a página “COISAS QUE EU LEMBRO”. A respeito da época das festas de comunhão. Uma tradição na cidade:tínhamos e comemorávamos,o batismo, a comunhão, a crisma e o casamento. Escrevi sobre o assunto no meu último livro “Maria de Moura, a mulher que passou do céu”. Nós tínhamos pavor do padre Otacilho. Amávamos o padre Rafael e éramos apaixonadas pelo Ronaldo, que na época estava estudando pra ser padre: No livro, temos os desmandos da mamãe, a dona Mariazinha, por causa de sua devoção a Deus, leiam o trecho transcrito por mim para entenderem melhor:
[..] Não minto que às vezes essa rotina da mamãe me causava vergonha. Na escola, os meninos chamavam ela de rato de sacristia, puxa saco de padre, beata Salu. Mas pouco adiantava a minha angústia ela era assim mesmo - ai de mim que dissesse isso a ela. Já estou até ouvindo a resposta: “A gente tem que ter vergonha é de ser vagabundo, ladrão e não cristão!!!”. Na minha infância toda e adolescência também, ouvia piadinhas sobre a mania de oração e crença dela. Amigos que cantavam os refrãos das músicas que ela era acostumada a cantar na igreja. Porém, nada me deixava mais invocada do que a encarnação dos meus amigos da turma de primeira comunhão. Mamãe tinha aversão à roupa branca, dizia que eu era muito imunda para usar vestimentas daquela cor. Na minha primeira eucaristia ela conversou como padre para que ele permitisse roupas de outras cores no evento. Aquilo nunca tinha acontecido. Batizado, comunhão, crisma e casamento eram todos celebrados com roupas brancas, mas como a mamãe era respeitadas pelo padre, o bendito Rafael, um italiano que era o pároco naquela época. Trato feito, a Maria colocou um aviso na igreja liberando o rosa e o azul para aquela turma. Tudo bem até aí. Todos iam de vestido e, como eu sempre fui um pouco macho, me recusei a ir. Fiz greve e ela pediu ao padre que liberasse também o uso de conjuntos. E assim foi feito. Ela escolheu a cor da roupa, azul e eu escolhi conjunto. Mamãe comprava sapatos sempre com dois números maior que o nosso pé que era pra não se perder logo. Fiz a preparação. Todos estavam curiosos pra vê a roupa do outro e, quando eu cheguei à igreja, todos já estavam presentes. Só que de vestido e roupa branca. Foi o maior mico. Imperdoável. Eu chorei e o padre tão bom e compreensível disse que justificaria ao público a cor e a roupa dizendo que eu era a representante da turma e que estava vestida daquele jeito porque faria a leitura. Seria uma boa solução se eu conseguisse andar de lá de onde nós estávamos para o altar com aquele sapato gigantesco que escorregava para um lado e para outro sem me deixar dar um passo.
Deus me fez pagar esse mico e como era de bom grado obtive o sacramento. Se esse fosse o único king kong que eu tivesse pagado na igreja, seria cômico[...] Aos que lêem este texto, é só olhar a foto pra entender que pior que ter que passar por isso, foi ter o momento registrado. Na imagem eu e a Norinha, minha amiga de infância, de escola e de comunhão. KKKKKKKKKK. Valeu, Norinha, eu pago mico, mas não pago só!

01/02/2010



E, por falar no Arraial da paróquia, vamos aproveitar para postar mais um daqueles textos super engraçados da postagem “Coisas que eu lembro”. Não sei se lembram mas a Festividade de São João, além das danças tradicionais, as quadrilhas e apresentações folclóricas, tinha na sua programação também a disputa acirrada entre a misses fazendeiras. Duas jovens ou adolescentes eram escolhidas para a venda de voto e o desfile na Barraca da Santa. As cartelas de votos, xerocadas pelos organizadores, eram distribuídas para cada um dos grupos que apoiavam uma ou outra miss na disputa entre os comerciantes e os fazendeiros e pecuaristas da região. Lembro que antes da apresentação das duas representantes de cada uma das vertentes econômicas de Santa Luzia, um leilão embalava a festança junina no lugar. Um jantar regado à galinha caipira e leitão assado entretinha o povo ansioso para o desfile, enquanto as felizardas passeavam pelo pátio da Barraca na tentativa de vender mais uns votos. A noite era também animada pela disputa desportista. Lembro porque mamãe participava ativamente desse processo. É que ela era a boleira da cidade e, nesse período, sempre, durante muito tempo, foi a encarregada pela confecção dos bolos que eram a sensação daquele leilão. Lembro como se fosse hoje, o dia em que as guloseimas seriam prontas. Dois bolos lindos: um do Paissandu e outro do Clube do Remo que era pra incentivar a disputa futebolística e angariar mais verbas para a paróquia. Torcedores de um lado, opositores de outro disputando centavo por centavo o preço daqueles bolos feitos em trigo Dona Benta, recheados com goiabada e confeitados com açúcar tingida de anelina da cor de cada clube. Nossa, naquela época era um luxo sair da Barraca de posse do bolo com o brasão de seu time. (KKKKKK). Lembro bem que o Ozório leiloava, a altíssimo custo, um dos doces e ainda oferecia, num gesto de homem rico e cheio de fama, o bolo leiloado para alguém de sua estima. O povo todo olhando morrendo de inveja. UMA PIADA. O passado, tenho dito, é uma parada!

Na foto, a Help, a Corrinha, minha irmã, no dia em que ganhou a disputa e foi coroada a Garota Fazendeira. (KKKKK) Ela vai me matr quando ver isso!

01/02/2010


Na página da postagem “Coisas que eu lembro” de hoje, falaremos do modismo que invadiu o 47 quando da explosão do grupo dos Menudos. O Menudo foi um fenômeno na America Latina; no Brasil, por exemplo, arrastou milhões de adolescentes de todas as classes sociais, que formavam milhares de fãs-clubes, numa extensão comparada apenas à beatlemania no mundo. O Menudo na década de 80 era o grupo musical de maior visibilidade na mídia brasileira, os garotos porto-riquenhos apareciam a maior parte do tempo em programas televisivos, de rádios, revistas, jornais, enfim toda a imprensa específica para celebridades estava voltada para aquele fenômeno artístico. Como esquecer o sucesso "Não se reprima", hit dos anos 80 nas vozes juvenis do grupo Menudo? Eu ainda me lembro a febre que era o estilo Menudista de ser dos praybois que ganhavam visibilidade em Santa Luzia. Os Menudos eram muito mais que um grupo de cantores, jovens que, numa ousadia jamais vista, conseguiam perfeitamente em gestos e coreografias paralisar e encantar a juventude daquela época. No 47, os meninos queriam ser os Menudos, os jovens de lá queriam parecer com os garotos porto-riquenhos, dançar como eles e, principalmente usar cabelos e roupas estilo pleybois. Na foto, o meu ex e atual cunhado, Alexandro, mais o seu amigo o Dandam, (KKKKK) num estilo anos 80 inesquecível e pra lá de engraçado. Eu lembro ainda dos garotos de blusas e calças num estilo New Kids Andeblok indo para a paquera nos dias de festa das Flores. UMA PIADA! Muito engraçado! O passado é realmente uma parada!

27/01/2010

PROMETEU TEM QUE CUMPRIR. Então, estamos lançando a primeira página sobre o novo fórum postado por nós no blog: COISAS QUE EU LEMBRO. Prometi que iniciaria as postagens relembrando uma época em que a molecada se divertia nas apresentações da Xuxa luziense e sua turma. Estão rindo é? O negócio era sério. A criançada era tiete mesmo. As meninas que imitavam a Rainha dos Baixinhos e suas ajudantes, as Paquitas, eram adoradas, elas recebiam presentes, pedidos de autógrafo e tudo. Como eu sei? KKKKK. EU ERA FÃ da Vânia do seu Zé Martins!!!A Vani, era, na época, a cover da Xuxa mas para nós, a criançada do 47, imitar era muita coisa porque ver a Xuxa de perto era algo fora da nossa realidade. Além do que, as roupas, as danças e coreografias eram muito parecidas, os detalhes eram sempre caprichados e a loura luziense era o xodó da molecada. Lembro do dia em que as meninas foram fazer uma apresentação na Danceteria Beleza Pura, era dia das crianças e o lugar lotou, abarrotou, não cabia mais uma alma viva. Meninada chorando querendo pegar, abraçar, beijar, bater foto. Vocês não têm noção! Naquela época, eu não lembro direito quem era o prefeito, se não estou enganada, era o Juracy Araújo, e elas eram o markting da prefeitura. Comemoração das crianças, dia de Natal, quadra junina, faziam apresentações até nas cidades vizinhas como Capanema e Bragança. Lembro de mim e da Thaisa, o pai dela comprava o disco de vinil e nós colocávamos na vitrola pra decorar as letras e fazer bonito no Show da Xuxa aqui em Santa Luzia. Éramos tão fãs que pensamos até em montar um fã clube, eu, ela, a Cassiana, a Hélia, a Norinha...Uma galera. A Vânia foi a nossa estrela. As paquitas, faziam o maior alvoroço também. Numa época em que Santa Luzia era conhecida como a terra da mulher bonita, a turma da Xuxa escolheu a dedo as mais mais do pedaço: Francisca do seu Pedrinho – almejada pelos visitantes, Vitória Melo – cobiçadíssima pelos meninos, Fia do seu Bebé – pensa numa loura perfeita, a Dnair – mulher de olhos incomparáveis, a Kely do seu Wilsão – beleza inocente, a Nenca – desejada pelos meninos de Capanema e outras que marcaram aqueles inesquecíveis anos.

Eu ainda lembro...Tempos bons que não voltam mais..