3 de abril de 2010

Santa Luzia: A VIDA EM CLICS...

Cheguei de Santa Luzia nesta noite de sábado e estou muito cansada ainda para escrever qualquer coisa, por isso, durante a semana, teremos uma série de matérias imperdíveis. Trouxe muitas novidades de lá. Quentinhas. Bacanas. Interessantes. Por hoje, vou apenas editar algumas imagens que me emocionaram neste fim de Semana Santa no 47.


A mãe com o filho no colo eu não conheço e nem seu seu nome mas me emocionei ao Vê-la ali na frente da casa do Ednaldo quando este fez a doação das cestas básicas às famílias carentes: "Eu não ganhei senha, mas queria a cesta pra garantir o almoço. Meu menino não mastiga ainda, mas eu sinto fome e preciso de comida pra sustentar a mama!". Eu fiquei sentida e chamei o Ednaldo que, mesmo sem outras senhas, deu um jeito e ofereceu a cesta a eles. Eu pedi pra bater a foto e ela me disse:" A senhora foi meu anjo nesta páscoa!". Que bom, eu pensei!

Depois de ver essa mãe, passei o final de semana inteiro flagrando imagens emocionates, mas tendo nos pais os personagens principais. Vamos conferir:


O carinho do Edno com a Maria Eduarda. Uma emoção só:"Pensei que ela não fosse trazer alegria já que chegou num momento tão difícil, mas vendo ela nesse vestidinho, só me dá vontade de ser feliz!", me disse o empresário emocionado.


O cuidado do Jorginho com a sua filhinha, a Sofhia: "Minha comadre, eu nunca pensei que eu pudesse tão apaixonado pela minha cria. Hoje, tudo o que eu trabalho é pensando no seu bem estar", me disse esse amigo num sorriso de pai.


O carinho do Jorge com o Heitor, recém chegado à vida: "Não tenho dormido direito, nem eu nem ela, a Rórima, somos pais mesmo, de verdade, daqueles que não pregam o olho se ele não estiver realmente bem!". Emocionante!


O abraço bem dado dos filhos no Franço: "Pai, pai que bom que o senhor veio dormir com a gente!", disse aos gritos o filhote Maycon. O vereador estava em Bragança onde a Francisca foi fazer uma cirúrgia e me disse assim quando chegou: "Queria ficar com a Fran, mas os meus filhos não dormem se não estamos por perto, voltei correndo, estou cansado, vou ficar com eles". LINDO!


O abraço apertado do Waldir na Wemylli. O Waldir é um paizão, daqueles admiráveis e que é difícil de se ver - eu diria, um exemplo. Ele está um pouco doente e eu estive em sua casa pra fazer uma visita e dei um flagra nos dois aos agarros na cama: "Esse é o meu remédio, Junia!". Muito lindo!

RECORDISTA...


1200: Esta foi a marca rendida ao blog depois da postagem sobre a rotina do deputado Adamor Aires. Recebi 5 comentários no painel de recados, 3 nos comentários formais e 17 e-mail's sobre a matéria que já foi reeditada em mais três blogs. Um sucesso. Paramos o contador de visitas por conta da manutenção do Santa Luzia Ponto Com e eu fiquei feliz em saber que em três dias a nossa página teve 1200 acessos. No dia em que postamos a reportagem, recebemos 400 visitas e agora mais 800.

OBRIGADA, a todos! Valeu mesmo, de coração!

1 de abril de 2010

"Ele está no meio de nós!"


E em dias de sentimento pascoal, nada melhor que começar esse texto de hoje, relembrando um dos enviados de Deus à nossa cidade, o Padre Rafael. Me alegra saber que as bênçãos divinas chegaram até a nós figuradas em alguns seres humanos que marcaram de uma vez por todas a nossa vida! O italiano Rafael fez história e tatuou seu nome nos corações luzienses. Não há um cidadão no 47 que tenha vivido o período em que ele foi pároco de Santa Luzia que tenha deixado o seu legado passar em branco. Ele foi padre, amigo, irmão, conselheiro, querido, popular.

A mim muitas recordações deixaram marcas profundas: a primeira comunhão, o primeira confissão, a primeira missa, os encontros catequéticos e as procissões que ele encabeçou nos dias e madrugadas nas estreitas ruas da minha cidade. Ao pároco Rafael, ao amigo italiano, a esse enviado de Deus, as minhas melhores lembranças nesta páscoa.

E sobre a Páscoa, aproveitem para as reflexões introspectivas. Não confundam esse momento religioso tão importante para tão somente trocar ovinhos de chocolate. A páscoa é muito mais que isso e eu, sinceramente, espero que o Senhor possa dar-lhes o prazer de ter por perto a família, os amores e os amigos. Rezem, orem, pensem, meditem, clamem, seja como for, só não esqueçam de agradecer pela vida e pelos sonhos.

"Assim como eu tenho perdoado a quem a mim tem ofendido". Perdoem, Amem, Agradeçam o dom da vida que é único e inexplicável. Que o Senhor esteja convosco!

Feliz páscoa aos meus amigos e leitores.

Estou chegando, mãe. Me aguarde, pai! Até mais tarde, Santa Luzia!

MÁRCIO MIRANDA



Abraços ao deputado Márcio Miranda (DEM), presidente do G8, o grupo pluripartidário da Assembleia Legislativa. Passei hoje por aqui pra fazer a correção do seu sobrenome (MIRANDA). Ele que foi tão gentil comigo e se mostrou uma pessoa espontânea e engraçada.

31 de março de 2010

Luziense na capital é sinônimo de competência indiscutível!


Estive ontem em visita à Assembleia Legislativa do Estado. Eu havia marcado com o Adamor uma visita para conhecer o seu ambiente de trabalho, a parceria com os colegas, seus anseios e desejos, a carreira política. É a primeira vez que adentro os corredores do prédio do legislativo e confesso que a vida lá dentro me causou surpresas. Falar com o Deputado Adamor teve pra mim a mesma sensação que esperar a vez no amigo invisível, minha brincadeira predileta quando criança. Ali, nas confraternizações do fim de ano, você deseja que o amigo desconhecido seja uma pessoa bacana e que te traga um lindo presente: é invisível o nome do felizardo mas não deixa de ser um amigo. Foi assim comigo. Sai de casa a procura de conhecer um amigo, mas que depois de tantas idas e vindas me pareceu mesmo indecifrável. Ele é de Santa Luzia, nasceu e cresceu nas mesmas ruas que eu, mas eu não o conhecia, não assim, tão de perto. E como todo o primeiro real encontro, eu criei as minhas expectativas: É como se eu estivesse sentada no banquinho da casa onde acontecerá a festinha enquanto, tão nervoso como eu, alguém se desvendasse para um amigo querido que até então o aguardava nos batimentos desregrados causados pela ansiedade em conhecê-lo. “O meu amigo invisível tem cabelos pretos, pele morena, olhos profundos, sorriso gostoso, usa óculos em armação cor de ouro, um terno bem talhado e uma gravata num nó bem dado”. Subi as escadarias pausando os degraus como quem espera que o que virá naquela caixinha com fitas e laços seja algo de muito, mais muito espetacular. E veio. E foi. IMPRESSIONANTE!


Deputado Adamor Aires (PR/PA), luziense de sucesso na política paraense

Fui atrás do Deputado Adamor Aires e dei de cara com o Adamor me sorrindo numa felicidade por eu estar ali. Quis encontrar o presidente da CCJ, a Comissão de Justiça da Assembleia e me deparei com o pai do André e do Gabriel , o marido da Irene. Marquei com o segundo secretário da mesa diretora da ALEPA e quem me atendeu foi o filho do seu Ademir, o preferido de dona Mena. Queria entrevistar um dos relatores da CPI da Pedofilia e quem me falou foi o irmão do Mico, da Boneca, do Baby, da Mide, da Minie. A surpresa me veio e, como num segundo encontro depois do primeiro beijo, todas as expectativas foram rompidas dando espaço para uma infinidades de outras questões subjetivas. Me deu raiva vê-lo daquele jeito tão doce, humilde e irmão. Me causou angústia enxergá-lo tão nu, tão luziense. “Ele não é o que dizem!”. “Cadê a sua arrogância tão falada?”. “Onde será que ele pôs a sua onipotência de homem indestrutível?”. “Por onde diabos se escondeu o político sarcástico e poderoso do qual todos me falavam?”


Em seu gabinete fazendo atendimento aos eleitores

Desse encontro de hoje, ficou em mim a sensação de que o meu amigo invisível é invisível de tão transparente que é. Permita-me, excelência, que eu diga que adorei conhecê-lo sem máscaras. Foi bom aquele abraço que me provou o calor de vossa senhoria em ser gente. Dá-me permissão em dizer a todos que nem seus óculos me impediram de te ver assim tão Adamor, tão luziense, tão meu amigo.


O Deputado abrindo a sessão extraordinária de número 20, no primeiro período

Cheguei à ALEPA às 9 da manhã e já havia alguém a minha espera, sua assessoria me aguardava e me chamava pelo nome. Ele fez questão que as pessoas soubessem quem eu era. Dentro do gabinete, enquanto aguardava a sua ordem para o encontro, li no rosto de uma senhora grávida que o esperava também a angústia em talvez não encontrá-lo. “Ele demora mas chega, dona, pode esperar!”, disse a moça na fila de espera também. “Sei disso, o deputado Adamor é um dos poucos que ainda aparecem por aqui!”. Tão cedo e a senha de filas já era enorme. Ser político tem dessas coisas.
Eu degustava o café preto quando ouvi no sistema de áudio do prédio a voz dele que vinha até a nós num desejo de bom dia aos trabalhadores e deputados já presentes no plenário. Desci até lá e peguei o momento exato em que o deputado luziense abria a sessão extraordinária daquele dia. Cortesias e protocolos à parte, ele registrou aos presentes a minha visita: “Antes de qualquer discussão, quero informá-los da presença da professora Joana Vieira, ela que além de exercer a licenciatura, é escritora e blogueira, e para mim é tão somente a Junia, a minha amiga Junia que viveu parte da minha infância comigo!”. Fiquei ali parada observando-o quebrando as regras da casa. O Adamor é o Segundo Secretário da Assembleia e, na ausência do presidente e do primeiro secretário, é o responsável pelas burocracias da mesa.


Adamor em exercício na presidência da Assembleia Legislativa

Esteve ali no seu posto comandando os trabalhos até o deputado Domingos Juvenil chegar e tomar de si a responsabilidade. Vi quando a cadeira foi dada ao presidente da mesa e ouvi quando, em suas palavras, ele fez questão de mencionar novamente a minha presença. Interrompeu as falas e os protocolos para se referir a minha pessoa: “É com felicidade que esta casa recebe a professora Joana, a Junia, amiga do deputado Adamor, fique a vontade, professora. Que seu trabalho possa engrandecer a sua e história e a caminhada desse nosso amigo, que é leal e justo!”. Nossa mãe, por que não gravei isso?


Adamor e o Presidente da Assembleia, o deputado Domingos Juvenil, eleito com o apoio direto do G8, o primeiro grupo peluripartidário que foi idealizado estrategicamente por esse luziense e outros parlamentares que se sentiam "isolados" das decisões da ALEPA.

Passei quatro horas ali ouvindo e vendo as discussões dos 28 parlamentares presentes àquela sessão. Conferi no painel eletrônico as votações e vibrei quando o deputado Adamor protocolou um Projeto de Lei em minha homenagem pedindo ao executivo, através do legislativo, que o Círio de Santa Luzia fosse considerado, nos termos da lei, com o Patrimônio Cultural e Imaterial do estado. Ele fez a exposição do projeto, protocolou e me ofereceu a cópia do documento. Fiquei feliz quando ouvi outros deputados afirmarem que assinarão o projeto de autoria dele.


Adamor fazendo a descrição das pautas da sessão e me fazendo a entrega do Projeto de Lei que declara o Círio de Santa Luzia integrante do Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado do Pará.

Discussões, ironias e argumentos foram proferidos nessas hora de plenário quando um ou outro partido, por questões ideológicas e interesses, entram em choque e partem para as brigas internas. Ele desceu do plenário e foi até a mim me tomando pela mão e me fazendo conhecer o seu cotidiano de perto. Entramos na sala restrita, fomos às mesas dos partidos e ele me apresentou um a um, os seus amigos de trabalho. Fiquei impressionada com o respeito com o qual os outros integrantes da ALEPA tratam o Adamor. Elogios e frases que ficaram gravadas em mim. Junior Hage, Domingos Juvenil, Suleyma Pegado, Junior Ferrari, Alessandro Novelino, José Pioneiro, Márcio Miranda, Carmona, Carlos Bordalo, Cássio Andrade e muitos outros que despejaram e desperdiçaram palavras de admiração ao Adamor. IMPRESSIONANTE.


Deputada Suleyma Pegado, Deputado Junior Hage, parceiro de partido do deputado Adamor (PR/PA)


Deputado Márcio Miranda, integrante do G8 - "Tenho um livro seu na minha estante, professora!"


"És amiga do Adamor, professora? Sorte a de vocês terem em Santa Luzia um nome como o do Adamor Aires"

Ele é um grande nome ali dentro, foi o que percebi. Muitos daqueles políticos que já estão há tanto tempo nessa empreitada talvez um dia pensaram sobre ele: “É apenas um deputadinho chucro, vindo de um interior irrelevante e sem muita força política!”. Pois é, as palavras se renderam aos pensamentos. O deputado fez por onde o respeito lhe chegasse: é presidente de tanta coisa lá dentro que não vale a pena nem enumerar. Preside tantas mesas que dispensa qualquer relação descritiva. Faz tantos tratos e comandos que eu me perdi nesse único dia em que estive junto dele nas papeladas e negócios.


Reunião da CCJ, a Comissão de Justiça, da qual o Adamor é vice presidente

Sobe em sala, entra em gabinete, desce escada, vota isso, vota aquilo, assina aqui, despacha ali, reúne lá, atende aos eleitores acolá. Fiquei confusa com o tamanho da sua responsabilidade: Reunião com os diretores da mesa, onde é segundo secretário; assessoria em plenário; encontro com o G8, grupo pluripartidário que teve o nó dado por ele; votação de emendas; voto para a constitucionalidade dos projetos na CCJ, onde é o vice presidente; discussão na mesa de Meio Ambiente, onde é membro do conselho; averiguação de relatórios na Comissão de Divisão Administrativa, onde é presidente. Nossa, é tanta coisa que me cansou só em acompanhá-lo. O deputado Adamor Aires trabalha sim viu, gente, e muito. Eu pensei que ser professora era cansativo, mas vi que ser deputado é exaustivo demais, pelo menos em dia de labuta obrigatória (às terças e quartas). Estou feliz por ser professora. E digo mais, ganho mais que ele (KKKKK). O salário líquido no contracheque me provou isso, 8 mil reais. Em valores brutos, quase 13 mil. Soma-se a isso, 15 mil reais de verba indenizatória que é disponibilizada a todos os parlamentares de sua categoria, mas que é uma renda totalmente sujeita à comprovação de gastos - gastou não comprovou, pagou. Mas o Adamor não é só deputado não, por isso seu bolso é mais gordinho, tem assessorias, trabalha com a advocacia e portanto consegue ser bem remunerado.


Almoço no Boteco, na Casa das Onze Janelas

Saímos do Palácio da Assembléia às 14h e fomos para um almoço delicioso no Boteco da Casa das Onze Janelas - chique, meu bem. Ficamos lá durante o almoço e conversamos muito sobre os projetos desse político que tem na veia a vontade do trabalho e não necessariamente a da política: “Sou político por algumas circunstâncias da vida, que me fizeram, naquele momento, adentrar em bases maiores!”. Perguntei se ele vai ser candidato neste pleito que se aproxima e ele me respondeu que, até que se prove o contrário é candidato sim, mas que ainda não bateu o martelo, “outras coisas devem ser pensadas e levadas em consideração”, disse ele me confessando que cometeu alguns erros e que, até mesmo para ele são imperdoáveis: “Deixei de fazer mais, poderia ter feito melhor, eu sei”. Sobre o sonho de ser prefeito de Santa Luzia, a surpresa: “As más línguas falam que você não será feliz sem realizar esse sonho, é verdade?”. “Não. Eu sou feliz. Se comentam isso, te digo de coração que são as pessoas que sonham por mim. Te juro, Junia, meu maior sonho não é ser prefeito de lá. Quero o bem da minha cidade, luto por isso, mas não vou ser candidato à prefeitura, pode escrever!”. Sobre o medo de perder a eleição neste novo pleito, foi decisivo: “Tenho medo, claro, não sou invencível. Tenho defeitos e posso sofrer derrotas sim. A minha maturidade não me permite mais a arrogância de achar que estou sempre por cima!”. Quando perguntei sobre o fim da carreira política: “Muita gente sonha em te ver fora disso tudo, tens opositores e que querem te ver saindo da política de cabeça baixa, o que pensas?”. “ Não sou político, Junia, sou advogado, essa é a minha profissão. Se a política me falhar devo te dizer, com muito prazer, que vou voltar a fazer o que faço de melhor que é advogar!”. “Tens medo de deixar de ser o deputado Adamor?” “Não. Nem um pouco. Tenho medo de perder meus filhos, minha família, meus pais que agora estão fazendo 50 anos de casados, mas a política não porque sei que ela é apenas uma consequência, não sou diplomado nisso e, portanto,quando acabar isso aqui, sei que não ficarei desempregado!”. Perguntei pelos filhos, seu sorriso disse tudo. Os olhos do Adamor brilham quando o assunto é família. Percebi em sua mesa as fotos da família reunida, a Irene, o André, o tio Bararu. Ele não seria tão falso a ponto de montar aquilo tudo. Aquele homem de terno e gravata sentado numa cadeira em couro é uma pessoa humilde sim. Não vi a minha visita como uma farsa e não me vejo agora como a sua puxa saco mor. Não, nada disso, mas acho que as pessoas deixaram de ver o Adamor como pessoa depois que ele virou político. Esse é o nosso grande erro, confundir o pessoal com o institucional, a pessoa com o cargo, o público com o privado. Sem entrar no mérito da honestidade e desonestidade, ele próprio me disse que não é nenhum santo, mas que sempre foi uma pessoa e um político responsável. E eu estou tecendo elogios a seu respeito não porque ele é filho de Santa Luzia, a minha terra, mas pelo que vi e ouvi a seu respeito nessas 9 horas em que vivenciei o seu trabalho, a sua inteligência, a sua competência.


Sala do Gabinete na Assembleia

Não subo mais em palanque e o meu blog não é político, mas tenho as minhas preferências pessoais. E depois que sai de lá, voltei pra casa pensando que ele, me parece, só tem inimigos políticos mesmo lá em Santa Luzia, porque aqui na capital, desavenças e atritos ficam trancados quando as portas sinalizam o fechamento da sessão. O Adamor nas muitas horas em que esteve comigo me mostrou que tem sim inimigos políticos, mas nenhum inimigo pessoal. E desse encontro ficaram em mim as palavras dele: “Não sou perfeito, posso sim ser derrotado, sou ser humano, pai, filho, marido e cometo erros, muitos inclusive, mas não sou esse bicho papão que pregam”. Eu vi. És gente, amigo. Gente mesmo, no sentido mais restrito da palavra. Que bom que tive tempo de te enxergar assim. Boa Sorte. Conte conosco. Quebraste as minhas expectativas. Rompi os laços de fita, desatei o nó e adorei o presente que me deste: o prazer em conhecer o Adamor, o filho do seu Ademir, o preferido de Dona Mena, o pai do André, do Gabriel, o marido da Irene, o advogado. Estou por aqui, Adamor, meu amigo - AGORA, VISÍVEL.

MANUTENÇÃO!

Estamos mudando a cara do blog e acho que os leitores já perceberam isso. Nossa página está mais bonita e o visual está cada vez melhor. Faltam algumas adaptações ainda mas logo logo estaremos atuando naturalmente como sempre. Por enquanto, alguns probleminhas vão ocorrer por conta da manutenção, mas tenha paciência que, no final, dará tudo certo.

Pusemos um contador de visitas explícito e, num único dia, registramos uma bagatela de 442 acessos. Estou feliz e garanto que a tendência é crescermos cada vez mais.

E olha, amanhã teremos a reportagem que fiz com o Deputado Adamor Aires.Vocês vão se impressionar com a rotina desse parlamentar que é filho de Santa Luzia.

Aguardem só mais um tempinho que a matéria sai.

Valeu, gente. OBRIGADA por tudo!

29 de março de 2010

GENTE QUE FAZ FALTA: SEU PEDRO MACHADO


Semana Santa chegando e eu estou doida pra pegar a estrada e voltar ao 47. Aqui na capital as tradições religiosas são comemoradas de forma muito tímida e algumas delas já foram inclusive esquecidas. Em santa Luzia, muita coisa também mudou mas o cheiro de milho, a canjica quentinha e o beiju de farinha d’água ainda são servidos à mesa num almoço com a família. Sou daquele tempo em que em dias de quaresma não saiamos pra festa a quarentena servia mesmo para a reflexão pessoal, o crescimento emocional e o melhoramento na lida com a família. Mamãe sempre foi muito religiosa e respeitou as leis da igreja à risca. Fazíamos jejum, não comíamos carne vermelha nos 40 dias em que duravam as comemorações dessa data, peixe era obrigatório, missa era rotina e a benção de joelho ao chão parte de uma encenação que demonstrava respeito aos mais velhos e devoção às leis de Deus.
Era muito cedo ainda quando ela nos acordava as gritos e eu não esqueço daquela manhã nem que os 100 anos me cheguem. “Deus ajuda aquém cedo madruga, minha gente!”. “Acorda molecada, bando de enfitéticos!” . Mamãe gritava antes que o sino batesse para que criássemos coragem para o banho de água fria e depois a visitação à casa dos tios e dos padrinhos. Lembro do cheiro de café com pão doce esquentado no forno na casa do tio Panta. A casa dele era a primeira que visitávamos já que ele era o único parente direto que tínhamos ali no 47. De lá, cada um partia em direção a morada dos padrinhos de batismo para pedir a benção de joelhos. Eu nunca tive vergonha de fazer aquilo porque sempre tive orgulho dos padrinhos que tive: Seu Pedro Terto e dona Iracema. A casa onde os dois moravam ficava quase de frente da nossa e mesmo não entrando lá todo dia, era comum, diariamente, a exigência dos dois em que eu me direcionasse a eles com a mão estendida para ser abençoada. Manhãs e tardes eu vivi passando por ali, naquela rua ainda em piçarra onde ele morava. Era um velhinho lindo e cheiroso. Alegre e feliz. Usava muito o branco e talvez por isso seu sorriso distribuía a paz. Era sempre a mesma cor a calça de linho, a blusa pólo branca, a sandália de couro e seu chapéu característico. Era ele, o pintor mais conhecido da cidade. O nosso Salvador Dali luziense. Meu paizão, meu padrinho.
Minha madrinha era sempre muito carinhosa, não foi de muitos abraços, mas sempre foi de muitos dengos, oferecia o que havia, me convidava pro almoço e me servia suco gelado com biscoito Maria passado na manteiga. Meu padrinho era um homem espetacular. Uma pessoa indescritível. Um ser fora de sério. Um humano púnico e insubstituível. Seu Pedrinho Machado. O Pintor de Sonhos. O Pedim para os mais íntimos. Meu artista preferido. Um ídolo para aquela menininha que ao passar pela rua Magalhães Barata ficava empolgada ao vê-lo desenhando letras nas carrocerias de caminhões. Meu padrinho foi um Picasso de Chapeuzinho simples. Um René Magritte baixinho e ranzinzo. Um Almodovar nos traços e cores. E hoje, um luziense que faz falta! Sem dúvida! Quem não lembra dele com as escadas nos ombros, as latas de tintas ao pé dos degraus que e levavam aos mais altos lugares das fachadas dos prédios em Santa Luzia? Qual de nós conseguiu esquecer os seus traços nas letras garrafais que escrevia em cores fortes e bonitas nas telas e faixas espalhadas nas ruas de santa Luzia? Qual comerciante que antes de conhecer o banner, as luzes de neon não contratou o Pedrinho Machado pra fazer a pintura do nome do seu comércio? Nenhum. Se duvidar, apesar do tempo e da tragédia, muitos muros ainda insistem em resistir a outras pinturas e conservam os seus traços. Seu Pedim, o pintor mais conhecido daquela região, pintou muros e sonhos, letras e artes. Desenhou vidas. Rabiscou memórias e conseguiu gravar nos corações luzienses o seu nome, em cores de canetas que borrachas nem corretivos apagam. Era baixinho e sorridente. Alegre e cheio de prosa. Bem humorado e sempre palhaço. Pai exemplar, marido dedicado, padrinho amável. Contam muitos, as suas brincadeiras de cima da escada com aqueles que passavam zombando da profissão: “Seu Pedim, o senhor pinta como eu pinto?”. “Não, meu filho, eu uso pincel e não brocha!!!”. Faz falta o meu padrinho. O pai da Francisca, minha amiga e mulher do Franço. Faz falta o pintor de sonhos e vidas. Faz falta o homem, o marido e o companheiro. Faz falta o amigo, seus risos e seus abraços. Faz falta o meu segundo pai, nessa e em outras semanas santas que ele não tem passado junto de nós porque sem ele, ir ao 47 nesta semana de vida e morte de Cristo, é menos significante pra mim que fiz, quando menina, da benção em joelhos, uma rotina na minha vida e uma lição de vida. Hoje, não tenho mais o seu abraço, não recebo a sua mão de volta na hora da “bença” e já não fico mais de joelhos obedecendo às tradições religiosas que me foram ensinadas.desde que ele morreu, morreu em mim também um pouco dos meus costumes e um pouco da minha Semana Santa. Sem ele resta a mim boas lembranças de um tempo em que eu fui feliz e abençoada. “Deus te abençoe, cara de boi!”. Meu padrinho, tua frase, teu conselho, tua mão...tudo em ti ainda me guia. E nessa despedida de hoje eu que te digo: “A paz do Senhor esteja contigo!”

Quando eu era pequenina do tamanho de um botão...

Postei uma foto dia desses na página O PASSADO É UMA PARADA e tem gente querendo saber quem é a garotinha que está de intrusa lá no cantinho da imagem. Vejam:


A galera ta adorado essas postagens com fotos antigas e tudo tem sido motivo de curiosidade. Vamos lá então descobrir quem é a garotinha de sorriso sínico com a carinha de sapeca.

A NARA, gente. É a Narolívia, a minha sobrinha. Busquei uma outra foto por aqui que pudesse servir de comparação pra vocês verem que ela não mudou muito não, viu?!!!

Entre risos e lágrimas, quem ri por último ainda é aquele que rir melhor.

Mais um de meus textos para a publicação do Jornal O Liberal:



Sobre o choro e Ana Carolina Oliveira, a mãe de Isabella; o riso de descaso de Carlos Eduardo Nunes, o assassino confesso do cartunista Glauco e a declaração repugnante de Marcola, o chefe do PCC, um comentário: até quando o Brasil vai ter que engoli a seco o deboche irritante da impunidade nesse país? Assassinos frios e calculistas que agem num momento de insanidade mental e saem por ai atirando, matando e destruindo lares, famílias, pessoas, vidas! Três episódios que marcaram a jurisprudência brasileira e que colocaram em xeque a seriedade das instituições que lidam com as penalidades legais: a justiça brasileira – que segundo muitos além de cega, está caduca e já nem ouve mais. Dias antes do julgamento mais falado, divulgado e esperado do país, vimos paralisados e indignados o sorriso de deboche do assassino de Glauco que acostumado, como nós, a desacreditar na justiça riu sem medo desafiando as grades e os policiais que o detinha depois de ter atirado seis vezes e destruído sonhos e famílias. Mas quem assistiu às cenas do rapaz que se dizia o enviado de Deus, talvez tenha lembrando daquele que seria talvez o enviado da entidade oposta, o Marcolla, chefe do PCC (Primeiro Comando da Capital, facção criminosa que em um único dia matou 30 policiais civis e militares) que numa conversa depois de detido pela policia ameaçando delegado que o interrogava, explodiu: “Eu posso entrar numa delegacia e matar um policial, mas um policial não pode entrar na cadeia e me matar, pois é obrigação do estado me proteger”. Por essas e outras, o choro da mãe da menina Isabella também é nosso desde o dia em que percebemos o caos e a falta de atitude da polícia no Brasil. O riso e a frase desafiadora de Marcola e Carlos Eduardo, passou a ser de todos aqueles que continuam impunes mesmo tendo agido contra as regras da lei. Se é com indiferença que ela trata os desertores, é com descaso que eles a olham e com risos que eles zombam da sua incapacidade em punir e prender aqueles que tentam contra suas normas.
A condenação dos Nardonis veio num momento delicado em que a sociedade já deu provas de que não confia mais na justiça e está desacreditada na legalidade, mas deixa claro a todos nós que não devemos debochar da lei não - rir da cara dela é audácia demais. A mãe dos justos pode até ser cega mas ouve perfeitamente e tem um tato bastante aguçado, e, talvez por isso, não tenha estado presente no momento do morte da menina Isabela, mas ouviu de forma perfeita o clamor das provas que não deixaram dúvidas: Ouve crime, ouve culpados e por isso foi preciso condenar. Àquele que mata e age de forma criminal e ilegal a punição, o castigo, a cadeia. É preciso evidenciar isso, 31 e 26 anos respectivamente foi o número que condenou os réus por infringirem os incisos da lei. Cadeia aos que riram da constituição. Algemas aos covardes que agiram de má fé e de forma desonesta. Grades aos desertores. Prisão àqueles que matam, roubam e perturbam o bem estar comum e social. Condenar, aprisionar, provar que existe sim punição é importante para lembrar aos que debocham da nossa jurisprudência que a impunidade tem seus dias contados, que burlar a lei nem sempre dá certo, que contra fatos não há argumentos, que todo crime tem um preço. A sentença dada ao casal é mais uma prova de que não existe crime perfeito e que a justiça ainda persiste em julgar e condenar. É necessário declarar aos quatro cantos que nem todo crime ficará impune e que a justiça pode até ser cega, mas está de olho. Condená-los serviu também para que voltássemos a crer e confiar na instituição suprema de justiça brasileira num momento em que muitos de nós, os cidadãos, já estávamos nos adaptando à ideologia do olho por olho e dente por dente. A justiça pelas próprias mãos, a barbárie e o desespero. Nosso peito estufa o orgulho em saber que a impunidade não é mais uma constante. Nosso senso de justiça está honrado. O Brasil, enfim, mostrou a sua cara.

Eu já fui aluna, mas quis ser professora. Talvez porque desde Santa Luzia eu já sabia que tudo é possível!


Fui à Praça da República hoje pela manhã e quando retirei o carro do estacionamento dali, à margem da praça, parei no sinal e vi atrás de um ônibus, desses que desfilam pelas ruas da capital paraense difundindo propagandas, uma foto minha estampada. Professora Joana, dizia a legenda. Eu estou sorrindo numa risada próprio de quem é feliz.
Fizemos uma festa dentro do nosso veículo quando avistamos a minha imagem ali na frente. A Karen pulava aos risos e gestos de pura alegria, a May procurou rápida pela máquina de fotografia para registrar o encontro e eu fitada na imagem paralisei pensando: “ Tantas vezes esperei por este ônibus na parada enquanto chovia ou fazia sol e a barriga clamava por alimento e hoje estou aqui do meu carro vendo a Joana Vieira naquele banner”. Minha foto está lá agora, meu sorriso estampa uma imagem que traduz fé e expectativas. Meu sorriso sinaliza a milhares de pessoas que sonham que realizar é possível – “Faça IMPACTO, a certeza de vencer!”. Vencer, quantos não querem isso? Quantos não sonham por esse dia? Que estudante da parada ou das calçadas quando aquele ônibus passa não pensa: “Quem me dera vencer!”. Quantas pessoas sem perspectivas não olham para a minha foto pensando: “Queria ter a oportunidade de estudar ai, de aprender, saber e, quem sabe, estar no listão dos aprovados!”. E eu, a Joana Vieira, aquela mulher de sorriso largo que numa risada ilustra a propaganda, o que pensa? É só um ônibus. É só uma propaganda. Não. Não mesmo. Aquele ônibus que passeia comigo nas ruas da capital é muito mais que uma campanha pra incentivar as nossas matriculas e a procura pela instituição na qual trabalho. Aquela busdoor é a certeza de que tentar vale a pena, lutar ainda é a solução. Querer é um bom começo e esforço é o caminho. Eu já fui aluno. Já estive na parada e via da janela do ônibus os outdoors que me chamavam a ensaiar para a minha luta, a treinar pela minha vitória e a querer brigar pelos meus sonhos. Eu já fui estudante. Já tive carteirinha de meia passagem e já sai de casa só com o dinheiro da passagem sem direito a lanche ou coisa parecida. Eu já fui um pré-vestibulando, já vi os ônibus queimarem a parada. Já me irritei com o cobrador por ele não dar sequer bom dia e me olhar de cara feia. Já subi em ônibus lotado pendurada na porta com medo de chegar atrasada e não assistir a primeira aula. Já rezei pra que alguém segurasse o meu caderno, os livros e apostilas pesadas. Já chorei querendo aprender física. Já desisti de aprender matemática. Já ouvi o listão sem ouvir meu nome. Já deixei de entrar no cursinho por atraso no pagamento. Já fiquei com vergonha do amigo da carteira ao lado por não saber as resoluções do exercício. Eu já fui plateia para rir dos professores. Já estive do outro lado do palco. Já vi o professor do alto, de cabeça esticada porque ele ficava degraus mais alto que eu. Eu já sonhei em estar lá em cima. Já quis deixar o lápis e assumir o pincel. Deixar o bilhete e assumir o microfone. Largar o gravador de voz pra assumi o data show. EU JÁ QUIS deixar a parada e ilustrar o outdoor. Já quis deixar de comprar ingresso pra ser o palestrante e, hoje, vendo do meu carro a minha foto na propaganda no ônibus, só tenho uma certeza: Eu VENCI. Venci porque quis. Briguei por isso. Lutei por mim. Acreditei nos meus sonhos. Então, aquele ônibus não é só um ônibus, um coletivo, um buzão. Não. Nem pensar. Aquele veículo que me puxa pelas ruas de Belém é a minha certeza de ter vencido. E mais, é a minha experiência de vida que, só agora, me permite dizer aos que me lêem: É possível. Queira. Lute. Brigue. Esforce-se. Você pode tudo. Sua fé deve ser proporcional a sua coragem. E a sua coragem deve ser diretamente proporcional a sua dedicação que é o que te leva à VITÓRIA. Deus te abençoe, meu aluno, meu amigo!O futuro te espera. Corre atrás. Se não deu certo um dia, confie que dará num outro.

Soninho bom!


Acordei no sábado e dei de cara com a pessoa jogada numa rede atada na sala de casa.
Veio me visitar. Cansou de esperar e como grande amiga que é, e como já tem toda a intimidade do mundo pra entrar na minha morada e fazer o que quer, pegou a rede, atou na escápula e dormiu como um anjo nas nuvens.

Acordei cedo para ir ao trabalho e sorri da imagem. Fiz a foto que nem ela sabe que existe.

Gostaria de dizer que és sempre bem vinda. A Minha casa estará de portas abertas, escancaradas para a sua chegada.

Beijos, Nega. TE AMO!

PERSONALIDADE LUZIENSE: NEGUINHO DO COCO


Muito há de mitologia sobre o que eu um dia ouvi sobre ele. Muito há de mistério sobre a sua vida. Há muitas informações desencontradas e muita coisa que realmente ficou e sempre ficará obscura, mas que não tira dele a capacidade de nos tornar um curioso e um admirador de sua personalidade. Nos meus tempos de criança o nome Neguinho do Coco era meio que lendário. Uns falavam sobre riqueza e trabalho, outros falavam sobre miséria e ilegalidade. Eu nunca soube direito o que ele era mas a sua imagem sempre me causou muito medo. Creio que no 47 todos os que moravam por ali sentiam um certo receio desse homem. Na realidade, naquela época, o Neguinho era uma imagem difícil de se ver e de se descrever, mas muito comentada por todos na pequena cidade que sempre, desde muito tempo, gostou de criar mitos. Foi assim com o estuprador do bairro novo, quando abusos e estupros foram criados mitologicamente, a cidade inteira entrou em pânico com situações e histórias que viraram lendas. Foi assim com o seu Antônio Mineiro da Boa Esperança que, segundo muitos, arrancava o fígado dos moleques que invadiam a fazenda para roubar frutas e tomar banho de igarapé. Foi assim com o inesquecível Ozório que foi o lampião luziense durante muito tempo. As histórias metiam medo em nós. Os contos faziam a gente tremer na base. Certo que muita coisa também aconteceu, mas foram também recriadas pelo imaginário de um povo que ocioso e cheio de tradições amazônicas aumentou os fatos pra tornar mais interessante aquela vida ociosa de interior. Pessoas que na beirada das calçadas ou em suas cadeiras de balanço fizeram das narrativas urbanas e rurais contos espetaculares com sabor de medo, mistério e morte. O Neguinho nunca foi “boa peça!”, dizem os mais velhos, porém concordemos, que muitas perguntas ficaram esse tempo todo sem respostas: Que crimes de fato ele cometeu? Que provas reais temos contra ele? Seu nome se tornou lendário pelas ruas da pequena vila do 47 e ele virou o jagunço luziense mais famoso pelas bandas de lá. Se são verdades só ele mesmo saberá. Só sei que entre verdades e mentiras eu cresci tendo medo desse homem. Ouvia tanta coisa que me dava pânico encontrá-lo na rua. E, mais tarde, quando eu já caminhava com as minhas próprias pernas e já conseguia tirar as minhas próprias conclusões, eu o vi cercado de gente, caminhando pelas estreitas avenidas da minha cidade tendo o seu nome aclamado pelo povo. O nosso Quintino, virou O Sasá Mutema da população carente e desejosa de uma solução para a miséria que a acometia. O vilão virou mocinho e estourou a boca das urnas nas eleições. Seu nome na chapa é sinônimo de votos nas eletrônicas. Seu discurso no palanque virou símbolo de empolgação. O Neguinho do Coco agora é o vereador espoca urna. Audacioso, ele não tem lado certo. Causa surpresa em cada preito. “Não estou do lado de cá nem do lado de lá estou pra onde o povo me manda, faço o que a população pede e quer”, palavras que um dia eu ouvi dele, empolgada. O vereador Neguinho é uma incógnita. Candidato independente, nem o partido manda nele. Ousado só faz o que quer. Me parece um político que não entende muito de política mas que faz a política como ninguém. Já o vi em passeatas e carreatas sozinho, direcionando a multidão no rumo que deseja. Em Santa Luzia, os partidos têm a sua campanha e o Neguinho tem a dele. As coligações têm a sua carreata e o Neguinho tem a dele. As alianças têm a sua passeata e ele tem a dele. É uma figura engraçada, um político que defende as suas ansiedades e todas as dos que estão ao seu lado. O povo clama por seu nome e ele é hoje o que chamamos de político popular. Tem uma popularidade impressionante. Um carisma indescritível. Um legado de amigos e eleitores incontável. Uma garra e uma vontade impressionantes. Ele é o “desertor” que aprendemos a admirar. O “réu” que a historia absolveu. O pai que aprendeu a exercer seu papel com o tempo e com as perdas. Sua imagem foi reconstruída com os pincéis da vida. Depois da morte do Jamilson, o seu filho, o vereador Neguinho do Coco não conseguiu mais ser o mesmo. O homem duro e onipotente jogou as cartas na mesa, decidiu recuperar a família e reconstituir a sua face. Muito se comenta sobre a sua mudança. Muito se espera das suas atitudes. Muito se deseja de sua coragem. É uma personalidade Luziense cuja vida foi exposta, julgada e condenada várias vezes, mas que me parece, tem tido tempo pra rever as coisas e repensar no que ainda vem pela frente. A morte do filho querido deu chance pra vida mostrar o que ele não havia enxergado ainda. E aquele personagem malvado da novela real, tem se tornado aos poucos, no protagonista de outras belas e engraçadas histórias. Todos temos o livre arbítrio para o erro ou o acerto, erramos mais que acertamos, eu sei, mas poucos de nós temos chances de voltar atrás enquanto é tempo. Com ele não foi diferente, o que não é igual é que ele tem tido tempo sim pra provar o contrário. Daqui por diante, só o tempo dirá. Não sou sua amiga, nem eleitora, mas reconheço que ele tem dado a volta por cima. Se tem caráter ou é honesto eu não sei, mas que está bem melhor, isso ninguém pode negar.Quando eu vou à Santa Luzia hoje, o vejo de longe ou de perto e sua imagem já não me assusta mais. Num desses carnavais em que eu estive por lá ganhei um abraço apertado dele e fiquei feliz. Vivi na infância com os seus filhos, fui aluna de sua esposa, a Professora Vanda, por quem guardo um carinho imenso e fico contente em saber que a vida me deu oportunidade de escrever sobre ele agora. Boa sorte, vereador. Reconheço os seus defeitos e me agrado em saber de suas qualidades! Fizeste história e por isso é hoje, a personalidade luziense homenageada! Aos eleitores a escolha. Ao senhor, desejo que a vida lhe dê mais chances. Até mais!

28 de março de 2010

Assembleia Legislativa, aí vou eu!!!


E nesta terça-feira o meu endereço de visita será a Câmara dos Deputados, onde passarei a manhã inteira com o Deputado Adamor Aires, mais um filho de Santa Luzia que faz sucesso por aqui pela capital.Já marcamos o encontro para a entrevista e você ficará sabendo como é o dia de labuta desse luziense na sua atuação política.

Estarei por lá. Chegarei cedo pois vou assitir ao Adamor na tribuna, quero ouvir o seu discurso, seus projetos e propostas, e ficarei até o almoço, quando faremos um bate papo sobre seus projetos e o futuro político. Estou realmente muito curiosa para saber como é a vida que ele leva por aqui e o que faz lá dentro do palácio.

Curioso? Aguarde. Na terça mesmo estaremos postando as fotos e a matéria. Até lá, gente!

Luziense na capital é sinônimo de competência indiscutível!

Eu prometi, e como promessa é dívida, estão aqui as imagens da matéria sobre os filhos de Santa Luzia que brilham nos palcos da capital.

Passamos um noite de muito sufoce neste sábado pra reencontrar os meninos que são por aqui verdadeiras celebridades da noite blenense: O Paulo PC e o Élisson Lucena. Eu e a May fizemos um tur na Cidade das Mangueiras nas casas mais badaladas da capital para encontrar esses meus amigos que me encheram de orgulho em suas atuações artísticas.


Começamos a nossa procura pela Casa se show Cangalha, uma das mais movimentadas no final de semana por aqui, mas o nosso tecladista Èlison, não apareceu. É que ele é cogitado por uma dezenas de bandas e faz vários shows numa única noite em diversas casas de forró durante a madrugada. Um show dura mais ou menos duas horas e ele consegue tocar até em três bandas por noite. UMA LOUCURA! Fomos informadas de que ele tocaria depois das duas no Cangalha. Ligamos para ele que confirmou sua apresentação na Mansão do Forró, a uns quinze minutos de onde estávamos. Corremos pra lá. A casa estava LOTADA, acho que umas duas mil pessoas, e entramos no momento em que a Banda TROPA do FORRÓ começou a tocar.Um sucesso, a galera foi ao delírio e o Élison estava lá no palco no teclado todo prosa. Assistimos ao show inteiro e nos divertimos à beça. TUDO DE BOM PONTO COM!



Banda TROPA DO FORRÓ em sua apresentação aqui na capital com um tecladista muito conhecido ai no 47, o Élison Lucena.


Casa cheia para a noite de forró, uma das mais procuradas da capital


Depois ele veio até a nós, nos levou ao palco, apresentou a galera e fez a foto para o blog. MUITO BACANA! Parabéns, mano. Sucesso. Deus te abençoe!

Saímos de lá e ele também. Nós, rumo ao PARRILLA, ele, em direção ao GANGALHA, onde tocaria com a Banda MARINHEIROS DO FORRÓ! Um Sucesso aqui em Belém. Sorte, amigo!

É a primeira vez que vou ao PARRILLA. Sei que o lugar é bastante procurado pela elite da Capital que gosta de uísque e música sertaneja. Começo dizendo, portanto que é um lugar chique e de muita badalação. Chegamos por lá umas duas e meia da madrugada e pegamos o DJ Paulinho saíndo do palco.


A casa estava lotada e mal pudemos nos aproximar desse luziense que divide os shows com uma dupla nada mole por aqui: William César e Cristiano, os dois meninos são fofos e admirados pela plateia papa chibé. A casa é um ambiente confortável e refrigerado de muita gente bonita e visivelmente rica.


Chegamos um pouco mais perto e ele nos enxergou no meio da galera e nos recebeu com um sorriso de ddar inveja e de alegrar o coração. Fez questão que ficássemos junto dele e dos amigos na mesa e nos serviu do bom e do melhor. O Paulo é luziense e bem conhecido por aqui. Alegre, Feliz da vida com a nossa visita, ele provou que o povo de Santa Luzia é mesmo pai d'égua. Conversamos sobre a profissão e ele disse que não vive de ser DJ, "é um robbie que virou coisa séria e que hoje eu invisto muito pra que dê certo", me disse em sorrisos. Avisou que comprou uns equipamentos profissionais e que vieram dos Estados Unidos porque quer muito seguir essa carreira por puro prazer, já que o cachê, vi eu, parece ser todo pra pagar as despesas da noite que é de trabalho, mas também de muita curtição."Estou feliz, tenho projetos e meu nome já é reconhecido na noite, tanto que além daqui, toco na Tucuruvi e em algumas boates bem movimentadas". O Paulo está alçando vôos nessa nova carreira e já está confirmada a sua participação no show do Júnior, o irmão da Sandy, que virá a Belém numa nova versão dance logo logo.


A dupla sertaneja, Willian César e Cristiano levando a galera ao delírio.


Eu, o Paulo e o Júnior, outro luziense que estava por lá curtindo o show. Muito bom esse reencontro. Curtimos uma noite maravilhosa juntos.


Luxo e bom gosto. O PARRILLA é um bom lugar, é uma boa pedida. Eu recomendo!

Parabéns, amigo. Bom te ver. Mesmo. Estou feliz em saber que és luziense e que tem mostrado ao povo da capital que temos garra e somos bom no que fazemos. Sucesso, Sorte e Saúde!

Ver-o-Peso da saudade! Tudo de Bom!

Estivemos neste domingo pela manhã na Feira do Ver-o-Peso para fotografar esse lugar que é parte do coração de todo paraense. Vejam:


Pista do peixe, atraque dos barcos que trazem para a venda, as iguarias da Amazônia


O comércio diversificado se confunde com os prédios históricos e as praças da feira livre que é o nosso Cartão Postal.


Ruas estreitas que dão à Cidade Velha, à Praça "DUCarmo", à igreja da Sé, à Casa das Onze janelas e ao cais do Forte do Castelo.


Pra quem não percebeu a data, hoje a capital paraense comemora o aniversário do VER-O-PESO. Já se foram quase 400 anos da maior feira a céu aberto da América Latina. O Ver-o-Peso é o cartão postal da Cidade das Mangueiras e o ponto turístico de maior procura de Belém por conta dos palacetes e do Centro histórico que deixou rastros da história de formação do território desta cidade que, neste domingo saiu de casa para parabenizar a sua feira de cheiros e sabores que só encontramos nas barraquinhas que exalam os mitos e mistérios da Amazônia!


Parabéns, Ver-o-Peso! Parabéns, Belém!