Mas não foi só a igreja que mudou não. As tradições religiosas também. No mês de maio, o mês de Maria e das flores, a coroação ainda acontece na paróquia, mas, agora, com tons, cores e cânticos mais modernos. Antigamente a homenagem à mãe de Jesus era feita com meses de antecedência porque, além da roupa, havia toda uma a preparação dos anjinhos que participavam da dramatização que contava com um show da criançada na hora dos cânticos e a teatralização do ápice da festa - a coroação. Não houve no meu tempo uma menina da minha idade que não quisesse coroar a santinha lá no altar. Nossa, aquilo era o sonho de todas! Nós sonhávamos com aquilo. Aquele que coroava a Santinha era o personagem principal da festa religiosa e todos se enchiam de orgulho. Aqueles no masculino, porque lembro perfeitamente que chegou um período em que a igreja liberou o papel para os meninos também - o que não ocorria nas tradições. A meninada da ala feminina ficou apavorada com a possibilidade do aumento da concorrência, mas deu tudo certo. A coroação da santa é tradição luziense e um dos momentos mais esperados na cidade. Mudou a roupagem, mas o sentido, este, continua o mesmo.
Parabéns ao Padre Elias, um dos párocos mais bem admirados da nossa paróquia, e, segundo o que tenho lido, tem feito grandes coisas por lá!
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