30 de julho de 2010

Plantação de maconha, corpo e presos na área de reserva indígena em Santa Luzia.

A polícia conjunta - militar e civil - realiza desde hoje pela manhã uma operação na Reserva Alto Rio Guamá e informou que numa área pertencente à tribo dos tembés foi encontrada uma imensa plantação de maconha – plantação maior que a encontrada e queimada pelo exército em abril na "Operação Piriá” na mesma reserva.

Ao total a polícia acredita que foram encontrados 40 mil pés de maconha, em oito hectares de terra. As plantações serão arrancadas e queimadas. Um casal de traficante foi preso e está a disposição da justiça na delegacia de Santa Luzia.

Porém o que mais chamou a atenção dos policiais foi a descoberta de um corpo de um homem ainda não identificado que foi morto e enterrado numa cova rasa. O Instituto de perícia foi solicitado ao local e novos corpos podem ser encontrados a qualquer momento porque a polícia inrfou que foi descoberto um cemitério clandestino também.

Com a chegada dos técnicos da Funai e dos homens da polícia, os plantadores escaparam pelo meio da mata e só as duas pessoas presas na cidade foram pegas na fuga.

Os militares que participaram da operação suspeitam que há grandes plantações de maconha na reserva, com dimensões ainda desconhecidas. A reserva dos tembés tem 278 mil hectares, e abrange parte dos municípios de Santa Luzia do Pará, Nova Esperança do Piriá e Paragominas.

Além das plantanções de maconha, foram encontradas várias áreas de floresta destruídas por madeireiros que invadiram a reserva e provocaram os desmatamentos ilegais. Os policiais afirmaram também que dentro da reserva foram localizadas até fazendas de criação de gado, pequenas criações e várias plantações de roça.

A equipe que participou da operação também constatou que muitos invasores das terras dos índios sobrevivem do plantio de maconha e plantaram maconha na reserva para driblar a fiscalização, mas foram pegos de surpresa nesta missão.

A Funai entende que, para acabar com o plantio de maconha, invasão, tráfico de animais silvestres e retirada de madeira da Reserva Alto Rio Guamá, vai precisar da ajuda dos órgãos que participaram da equipe de operação especializada (Polícia Federal, Exército e Batalhão Ambiental da PM), além do Ibama e de outros órgãos ligados à questão ambiental que estejam dispostos a colaborar.

Moradores que vivem em vilas e lugarejos nos arredores da reserva afirmam que as plantações da droga e os desmatamentos são praticados aos olhos dos próprios índios que fazem vista grossa e ganham com o lucro gerado nessas atividades ilegais.

OBS: Para quem não lembra, os tembés são aquele grupo de índios que deram o que falar nas últimas eleições para prefeito. Aqueles do problemão que deu a diferença de 69 votos e que por ironia do destino votaram, todos, no atual prefeito municipal.

Transcrição feita da notícia da em primeira mão pelo jornal televisivo "O Liberal" –primeira edição -Belém-PA

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