12 de abril de 2010
PRAÇA + SORVETE = SEU CLÓVIS
E como o assunto agora é a Matriz, vamos falar um pouquinho sobre a sua Praça. A NOSSA PRACINHA! A igreja e a praça do 47, como em todo o interior, é o centro das atenções da população. Ali, tínhamos o nosso espaço para o lazer, a diversão, os namoricos, as fofocas, que não podiam faltar, é claro, a conversa com os amigos e todo o que a vida pacata de uma pequena cidade oferecia. Na praça, antes de termos as casinhas de lanches, programa mesmo era tomar sorvete na barraquinha do seu Clóvis. Quem é que não lembra dele? O seu Clovis, o pai do Léo, nosso amigo de infância e que era o dono do pedaço mais procurado depois do término da missa. Era a nossa opção depois das voltas que dávamos na pracinha para conversarmos com os amigos. Aquilo era tradição em Santa Luzia. Ir à missa dos jovens quando a idade permitia, sair da igreja e rodar em torno da praça, comprar sorvete no seu Clóvis e, se tivesse festa no João Borracheiro, seguir para lá em galera para dançar aquele agito. (KKKKKK).
O seu Clóvis era um senhor branco, de barba sempre mal feita, cabelos grisalhos e que era tranquilão no atendimento, estou tentando descrevê-lo mas sei que qualquer pessoa que passou por aquela praça parou em sua sorveteria. Claro! O senhor de poucas palavras trazia sorvete de Capanema, da sorveteria BRASA FRIA, que era o point daquela cidade e levava para o 47 para revender ali na sua labuta diária em torno da pracinha. Aquela casquinha sabor de hóstia da igreja, murcha e fria, nada crocante, onde ele servia os mais diversos sabores. Aquele picolé de milho verde, o de coco que nunca faltava. Mas nada, nada marcou mais que o velho e caro CHOCOBOM. Chocobom era tudo, gente. Nem adianta contestar. A gente amava chocobom, aquele picolé com cobertura de chocolate crocante. UMA DELÍCIA! Tomar picolé era muito bom, mas tomar chocobom não era para qualquer um não. NÃO MESMO! Primeiro porque era mais caro, segundo porque fazia fila pra conseguir unzinho que fosse. TUDO DE BOM PONTO COM!
Estive em Santa Luzia e fui a te a sorveteria, que hoje já sofre com a concorrência e já não pertence mais ao bom velhinho, mas ainda temos chocobom como opção concorridíssima para as vendas. Pedi um e fiquei lá sentindo o sabor daquele picolé: sabor de infância, de boas e marcantes lembranças. MUITO GOSTOSO!
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