14 de junho de 2010

VITÓRIA E AGNALDO: SUCESSO E EMPREGOS PARA O MUNICÍPIO.

E eu estive conhecendo de perto a empresa da minha amiga Vitória. Fui até à serraria para uma visita à madeireira porque sempre que falamos em emprego em Santa Luzia, logo vem à mente a ideia de que apenas a prefeitura é responsável pela contratação da mão-de-obra oriunda da cidade inteira. Depois de conhecer a empresa do Agnaldo e da Vitória, a história, pelo visto, não é bem assim não.


O empresário Agnaldo na sede da empresa fechando negócios por telefone.

No município, muitas empresas privadas ajudam no dever de servir ao povo o trabalho tão escasso e desejado. Além das lojas de móveis, casas de saúde e alimentação, a cidade conta inda com o trabalho gerado pela agricultura e pecuária, que, apesar de exigir mão-de-obra, é um trabalho ainda não legalizado. A maioria das fazendas e sítios que estão situados ao longo da BR empregam de forma temporária e sem direitos trabalhistas. Muitos trabalhadores nunca nem tiraram a carteira de trabalho e desconhecem o PIS e o décimo terceiro. É difícil também encontrarmos em Santa Luzia uma empresa que pague os direitos pós demissão, como o salário desemprego ou mesmo as ajudas de custo, e ainda o FGTS. Mesmo porque, no interior, acordos são feitos pela palavra e isso gera transtorno depois do serviço feito porque pela lei, as indenizações são obrigatórias e geram multas caso não cumpridas.

Assim, é quase que cegueira negar o desempenho das madeireiras para a economia de nosso município, apesar de esse tipo de setor gerar o desmatamento desenfreado e trazer outros problemas maiores como a corrosão do solo, ajudando a infertilidade, a erosão e as altas temperaturas - não é a toa que o IBAMA fechou o cerco e muitas serrarias foram obrigadas a fecharem as portas elevando ainda mais os índices de desemprego na cidade.


Madeireiras: pós e contras de um setor tão rico e que gera tanta pobreza para o meio ambiente.

Muita gente que trabalha direta ou indiretamente com o corte de madeiras foi prejudicada e isso interferiu diretamente na violência e no índice de miseráveis na cidade, daí as invasões que se instalaram nos arredores do cemitério e às margens da fazenda Boa Esperança. Daí os altos índices de violência e o aumento de latrocínios e homicídios que já são uma realidade constante no município. Sem dinheiro o povo parte para o tudo ou nada e a violência se instala como um câncer que destrói os alicerces da tranquilidade.


Vitória com a mão na massa: emprego digno e carteiras assinadas, compromisso e bem estar social.

É sabido que Santa Luzia não tem muitas opções de trabalho a não ser aqueles oferecidos pela Prefeitura Municipal. Nossa cidade não tem nenhum outro meio de ofertar vagas que não seja via concurso público ou por contratação temporária. Além disso, apenas os projetos assistencialistas do Governo Federal acabam somando no recebimento das famílias mais carentes – é o caso por exemplo, do bolsa família e do bolsa escola que permitem, ainda que pequeno, um valor liquido mensal para as famílias de baixa renda. Outros projetos já votados e incentivados pelo governo estadual deveriam gerar empregos mas ainda não estão funcionando como é o caso da Fábrica de despolpa do açaí e a associação de psicultura que apesar de ainda está engatinhando já rendeu bons frutos este ano em tempos de Semana Santa.


Vitória e eu nas dependências da empresa: conhecendo o local de trabalho da minha amiga.

Fora dessa realidade, as serrarias são hoje, em potencial, as empresas que mais empregam na região. E em se tratando de legalidade, a serraria do Agnaldo é uma das maiores no ramo e a primeira no número de contratação com carteiras assinadas. Conversei com a Vitória que é quem cuida do departamento pessoal, e ela me afirmou que a empresa conta hoje com um número de 90 trabalhadores com a documentação em dia e dentro dos padrões da lei que protege o trabalhador.


Pátio da empresa: madeira beneficiada em Santa luzia e exportada para o mundo.

A Empresa também é legalizada e faz a retirada da madeira via projetos de incentivo ao reflorestamento. Custa mais caro, mas é um trabalho honesto e legalizado conforme manda as leis de fiscalização que protegem o meio ambiente.

Não é a toa que tudo o que é retirado é protocolado e codificada para a certificação em nota fiscal.


A serraria conta com um maquinário pesado entre serras elétricas, caçambas, caminhões, e tratores. Além de uma usina para a produção de carvão, feita na carvoaria ao lado da sede da empresa.


O complexo empresarial conta ainda com uma carpintaria industrial que beneficia as toras de madeira de lei para a importação, a benfeitoria de portas e janelas, e a confecção de ripas, tábuas, tacos, soalhos, pernamancas e lambri.


Uma grande empresa que sem dúvida ajuda, e muito, na melhoria de vida de 90 famílias diretamente e 150 outras famílias de forma indireta, pois permite a distribuição de renda para a compra de produtos e o incentivo ao negócio na cidade.

Os empresários Agnaldo e Vitória são gente que contribuem para o bem do município e devem ser reconhecidos – e incentivados, é claro!

Parabéns, amigos!

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