14 de junho de 2010

HOMOAFETIVIDADE: LEI E DIREITOS!

E eu recebi as fotos da nossa participação num evento promovido na FIBRA, a universidade Integrada Brasil Amazônia. Estivemos lá para uma entrevista com a turma de Direito do ano de 2008.


Os futuros advogados estavam preparando um simpósio para um dos trabalhos avaliativos da universidade e nos convidou para uma participação que foi emocionante.

Fizemos um discurso para a plateia presente e emocionamos a todos com a nossa história de vida, a nossa luta pelo amor e a vida entre um casal, digamos, diferente.


A turma parou pra nos ouvir e foi tudo muito lindo e emocionante.


A May está se acostumando a falar em público, ela é tímida mas está fazendo um esforço porque eu a incentivo a brigar por nossos direitos. Ele está cursando advocacia para lutar pela nossa minoria. Fomos lá e as pessoas ficaram admirada em saber que ela era casada com uma outra mulher.


Aqui a May lendo e mostrando a certidão que legalizou a nossa convivência e deu a nós todos os direitos que um casal hetero tem pela justiça e pelas vias da lei.


Aqui com os presidentes das entidades e ONG’s que defendem a causa e o direito dos Homossexuais. Conhecemos as entidades e histórias que nos surpreenderam muito.

Eu e a May somos um dos primeiros casais que entraram na justiça pelo direito legal da relação homossexual . Entramos na justiça pela certidão homoafetiva e conseguimos que o documento de convivência fosse expedido pelo cartório em vias legais e de direito. Ela hoje tem garantido todos os seus direitos caso venha a acontecer alguma coisa comigo. O documento também permite pela lei o anexo de parceiros em plano de saúde ou recebimento de pensão.


Fizemos a assinatura da certidão numa cerimônia que marcou a vida de muita gente, inclusive, da minha família que esteve na festa nos dando o maior apoio.


Olha só nós aqui esperando a Rebeca, a representante do Cartório Conduru, ler o documento. UMA EMOÇÃO INDESCRITÍVEL!


E aqui a gente assinando uma de nossas vitórias junto à justiça brasileira, e paraense: o reconhecimento da relação legal e amorosa entre parceiras do mesmo sexo.

Estou escrevendo tudo isso agora porque Belém foi escolhida pelo movimento GLBT para sediar o primeiro casamento homoafetivo da história do Brasil. Uma espécie de certificação dada por um Juíz aos casais que querem ter seus direitos garantidos pela lei.É a primeira vez que o país vai promover um movimento desse tipo e eu, apesar de já ser reconhecida pelo cartório e em juízo, gostaria que as pessoas criassem coragem para assumir o seu amor também. Casar e viver bem, ser fiel e amar de verdade é lutar contra o preconceito também.


O casamento GLBT será realizado no dia 28 deste mês nas dependência do Hangar e qualquer casal homo que vive junto há mais de dois anos poderá se inscrever para oficializar a relação. Belém é a segunda capital com o maior número de gays do Brasil, mas as lutas contra o preconceito ainda estão longe de ter bons resultados.

DIZER NÃO À HOMOFOBIA É GARANTIR UM DIREITO QUE TODO CIDADÃO TEM DE SE PROTEGER CONTRA A VIOLÊNCIA,O PRECONCEITO E A DESCRIMINAÇÃO.


A festa de casamento simbólica dos casais homossexuais será realizada dia 28 de junho. O evento que marcará a luta contra a homofobia dentro e fora do Brasil, ainda não tem data definida para acontecer. O acontecimento é organizado pela coordenação da Organização Não Governamental (ONG) Cidadania, Orgulho e Respeito (COR).

A união homossexual com os mesmos direitos que o casamento entre homem e mulher é um projeto que está desde 1996 na pauta do Congresso Nacional. Foi apresentado pela então deputada federal Marta Suplicy (PT), porém nunca foi votado pelos parlamentares.

O casamento é apenas uma das programações realizada pelo Movimento de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Travestis (GLBT) de Belém onde será lançada também uma campanha internacional pela aprovação do Projeto de Lei (PL) 122/2008, que dispões sobre a criminalização da homofobia.

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