E eu fui à escola Florentina para uma entrevista com a Adelaine Nascimento, a diretora empossada recentemente. Conversamos sobre os projetos da escola, as perspectivas dos professores, os anseios dos alunos e os planos da direção.
Maria Adelaine Nascimento - a mais nova diretora da escola Florentina
A Adelaine foi eleita DIRETORA da escola mais tradicional do município por voto do alunado numa chapa formatada 15 minutos antes da eleição. Ela já fazia parte do quadro técnico da escola e decidiu concorrer ao cargo por influência de amigos e também por conta de sua responsabilidade com a instituição. Concursada e atuando no seu primeiro emprego, ela que é especializada em Gestão Pública, compôs a chapa com o nome do amigo também pedagogo e da companheira de trabalho e então, naquele momento, diretora da escola, a Viviane Araújo. A eleição de chapa única obteve o número de votos necessário para efetivar uma vitória legal e ela foi eleita ao cargo máximo do estabelecimento do ensino de maior tradição na história luziense. Ficou por lá, grudada na Viviane, aprendendo as manhas do serviço e entendendo as obrigações que o cargo lhe exigia. Foi diretora de fato durante um ano e agora é de direito. Sua portaria foi protocolada no Diário Oficial e ela está na cadeira da direção assumindo o posto com afinco e muita disposição para o trabalho.
A publicação da portaria feita pelo Ioepa nomeia a direção eleita para o Ensino Médio da Escola Florentina Damasceno, tendo como cabeça da chapa oficial a Adelaine, amais nova gestora educacional. Estive lá para uma conversa e tivemos um tempo bom para as dúvidas, as sugestões e muitas, muitas risadas...
Ele é uma menina honesta, modesta e cheia de sinceridade. Me explicou que a gestão na escola está sendo difícil porque alguns professores ainda não têm compromisso com as suas responsabilidades, apesar de a escola não ter um número muito grande ou exagerado de faltas. É uma diretora jovem, com cara de mudança e tem conseguido dialogar com todos ao seu redor. Ela elogiou a equipe de profissionais que está disposta de fato com a escola e os resultados necessários, disse que muitos professores são realmente excelentes exemplos de educadores e que os alunos estão satisfeitos com a equipe. Falou sobre o despedida de dois grandes nomes e o desfalque que a equipe sofreu coma aposentadoria da Luzia Vanda e da Bethânia, duas feras da licenciatura do 47 que penduraram as chuteiras deixando saudade e boas lembranças.
Estive nas dependências da escola e fiz umas fotos para mostrar aos que não estão mais na cidade como o prédio está nos dias de hoje:
Sala de Leitura, um dos projetos mais desejados pela equipe de profissionais e que hoje é uma realidade.
Sala de aula, carteiras novas para o conforto dos estudantes
Quadra de Esporte – espaço aberto à comunidade e nos tempos de maio e junho, disponível para os ensaios das quadrilhas juninas.
Equipe de professores da escola João Gomes aproveitando a greve para utilizar o espaço da Florentina para mais um curso de qualificação desenvolvido pelo estado.
Cobertura da sacada da escola construída recentemente com o apoio da prefeitura e que servirá de espaço para atividades extra-classe.
Sala de informática, acesso grátis aos alunos da escola trazido pelo Governo do estado num programa de inclusão digital
Corredor da escola – acesso às salas com cobertura e varanda.
ENTREVISTA:Vejam os principais pontos da conversa:
E agora, como é sentar nessa cadeira e ser a diretora da Florentina?
Normal, sentar aqui não era um sonho, era a consequência de um trabalho que eu tentava exercer com responsabilidade e competência.
Depois de eleita qual a maior frustração vivenciada no cargo?
Saber que tudo aqui depende da política. As escolas públicas não recebem muitas verbas, temos um custo muito alto para a manutenção do prédio e dos serviços e problemas sérios que deveriam ser sanados e não são por falta de dinheiro. A Florentina recebe 10 mil do fundo de participação, isso se os documentos e razões forem bem especificados e não dá para o tamanho dos problemas que aparecem e para o número de alunos.
O que fazer então?
Buscar parcerias, apoio e patrocínios. Tenho sorte e muitos não sabem, mas a Viviane resolve coisas aqui que não são nem de sua competência. Ela é o meu apoio número um. Material do dia-a-dia, limpeza, enfim, o básico, recorremos a ela, que é Secretária de Educação, e ela tem resolvido. É uma parceirona e eu só agradeço. A escola é Estadual mas o apoio do município tem sido fundamental. Um exemplo disso é que fizemos uma cobertura na sacada da escola, porém o dinheiro não deu para o telhado e a prefeitura patrocinou o resto: telhas e madeira. Isso ajuda.
Qual o maior desafio?
Botar a escola pra funcionar, mostrar que escola pública pode dar bons resultados sim. Quero provar o que muitos pensam ser impossível, que o ensino público pode dar certo.
E como foi ter que começar o trabalho em plena greve Estadual?
A greve foi bem estudada aqui em Santa Luzia, nossa equipe não aderiu a ela no dia em que o os servidores do Estado estipularam, fizemos um acordo com o sindicato e só depois da primeira avaliação é que os professores pararam. Achei isso sensato e bom para os dois lados.
Quais as tuas metas nessa gestão?
Climatizar a escola, as salas são muito quentes e isso interfere no processo ensino-aprendizado, quero por centrais de ar para melhorar o conforto dos alunos. Creio que a Festa das Flores nos dará um lucro suficiente para duas salas, temos um patrocínio da prefeitura no valor de cinco mil reais que amenizou o custo da festa e aumentou a margem de lucro e temos também um projeto prestes a ser aprovado pelo Estado e que vai garantir mais verbas para outras salas, o Edinaldo Lucena prometeu climatizar uma sala como forma de presentear o nosso trabalhoe por aí vai.
E por falar em Festa das Flores, como estão os preparativos para este ano?
A Festa das Flores já não é a mesma desde muito tempo, mas ainda é, sem dúvida, a mais tradicional, não posso deixar isso ser subtraído dos nossos costumes. Ela vai acontecer e sei que será bastante procurada pelo povo da região que nos circunda.
O fato de a festa ter sido programada para o Clube da Piscina, não tira o glamour do baile? O fato de ser uma banda de forró e um DJ não é descaracterizar a tradição demais?
Sim, certo! Mas a discussão do local não foi algo decidido por nós. A justiça nos impediu de realizarmos a festa nas dependências da escola. O Fórum proíbe, a igreja é contra e, de certa forma, nós também , por conta da depredação do prédio no dia do baile. Esse assunto, definitivamente já foi encerrado, sem chance, o local não poderá mais ser a quadra da escola por conta da venda de bebida alcoólica. Enquanto à banda e o DJ, os tempos são outros, a vida mudou, o gosto pela música também, vamos ter também que nos adaptarmos a essa nova realidade.
Qual o maior sonho da Maria Adelaine Nascimento, a diretora da escola Florentina?
Empolgar a nossa turma, envolver os alunos nos projetos, por a escola no topo da aprovação nos vestibulares e garantir ensino de qualidade. Estou querendo, vamos ver...
Boa Sorte, Adelaine. Sucesso. Bom conversar contigo. AMEI. Vi nos teus olhos a vontade de construir uma história diferente e isso me trouxe emoção. Deus te abençoe!
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