20 de janeiro de 2010
O QUE MUDOU e O QUE PRECISA MUDAR EM SANTA LUZIA? O PARQUE DE DIVERSÂO
Estive em Santa Luzia nos quatro finais de semana que formataram o mês de dezembro e muita coisa boa aconteceu por lá: Exposalp, Vaquejada da dona Vera, Procissão em homenagem à virgem e o aniversário da cidade. Dezembro, no 47, é um mês realmente badalado. Mas na coluna do que muda e o que não muda, de hoje, vou descrever a imagem de uma mudança bastante perceptível pelas bandas de lá. Trata-se do arraial: seus ícones culturais e suas tradições luzienses. O arraial, que acontece ao redor da igreja às vésperas das comemorações religiosas do dia da padroeira, não mudou quase nada: as barraquinhas de pescarias, bozó e tiro-ao-alvo continuam por lá, bem como o parque de diversões e a venda tradicional de bugigangas importadas. Quem de nós que viveu o momento áureo do arraial de Santa Luzia não lembra dos velhos costumes? Pais arrastados pelo braço por seus filhos desejosos de um violãozinho de quatro cordas de náilon feito de plástico, as bonecas grandes vestidas com calcinha de tnt, os dominós pretos de bolinhas coloridas, ioiôs que acendem, maçã-do-amor, algodão-doce, cachorro-quente - mistura de picadinho e salsicha, sorvete, picolé..tanta coisa que é difícil de enumerá-las, mas que, sem dúvida, marcaram a infância de todos nós. Fui à praça àquela noite de arraial e percebi que tudo parecia estático, exatamente como na época em que eu era moleca: o parque cheio de luzes coloridas, a casa da Monga – nossa!!!, quanto tempo, a mulher gorila, a roda gigante - posta no mesmo lugar de sempre, o brilho e o barulho da meninada gritando. É bem verdade que alguns brinquedos só chegaram agora com a modernidade: surf giratório e kamikazes que, inclusive, fazem o maior sucesso com a criançada. Mas senti falta de alguns itens no parque de diversão: brinquedos, que estiveram na minha memória durante décadas: o famoso e temido espalha-brasa e a barquinha de madeira que ERA UM TRADIÇÃO QUE NÂO PODIA FALTAR NO PARQUE. Mudança que pra mim, não foi das melhores...Porém, o tempo passa e a gente tem que se acostumar. Hoje, o Leilão da noite é feito em plena praça da Matriz, ali, ao vivo e gritado pelo próprio padre, que, creiam, é um pároco muitíssimo popular – o admirável Padre Elias. Moderno, jovem e ousado, ele tem rebolado para manter e modificar algumas tradições da nossa cidade.
O ARRAIAL está mais bonito, apesar de manter muita coisa daquele tempo, mas senti falta da barquinha...TRAGAM ELA DE VOLTA nem que seja pra matar a nossa saudade.
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Um comentário:
ei fia, a barquinha do pai da DO CÉU...
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