Estou de volta...estive um pouco ausente por conta de uma virose que me deixou em casa mas me proibiu de escrever esses dias todos. Vinha ao computador e não conseguia escrever muita coisa...dor, enxaqueca, garganta, febre...Nossa que gripe horrível. Aqui na capital a gente tá passando maus bocados com essa oscilação de temperatura, chove, faz sol, sombra...e eu que trabalho no ar condicionado não agüentei a pressão do choque térmico, fui parar na cama mesmo, literalmente impossibilitada! Não estou muito bem ainda mas já voltei ao trabalho e quero escrever. Estou um pouco indisposta devido ao fato de estar passando por um regime cruel e isso abalou a minha estrutura psicológica. Mas tudo vai passar e eu, sem dúvida, vou estar prontinha pra todas. HUM...vamos lá então!
Bom, este cara da foto ai de cima é o meu patrão, o senhor Francisco Gemaque, ele é o dono da rede de estudo IMPACTO. Colégio que abriga hoje 21 mil estudantes em toda a capital e que, no futuro, terá unidades espalhadas por todo o Brasil, inclusive São Paulo. O Gemaque é meu paizão por aqui, nunca me tratou como empregada e sim como filha, pode-se ver pela foto o carinho que ele tem por mim. Trabalho no Impacto desde 2004 e hoje tenho uma bagatela de 16 mil alunos...uma montanha de gente que tem em mim a professora de Língua Portuguesa de uma equipe de comunicação composta por seis professores. O Impacto mudou a minha vida e todos sabem disso, ganhei fama aqui pela capital e sou um nome forte no mercado de trabalho. Mas esse texto de agora não é pra falar sobre isso. Estou postando essa, digamos reportagem, pra mostrar a vocês que, assim como eu, muitos amigos daí do 47 trabalham por aqui e merecem ser lembrados, pois onde há um luziense a competência é indiscutível.
Estive no Iguatemi dia desses e encontrei por lá uma série de pessoas do 47 e que vivem aqui na capital lutando por suas conquistas na vida. Passei pelo shopping por conta do trabalho. Há dois prédios do Impacto ali naquela área do centro e eu fico por lá às sextas pra emendar os horários. Almoço no Iguatemi e depois vou pro Impacto da São Francisco e nessa ida e volta ao centro de compras reencontrei uns amigos nos corredores do lugar: O Elton Narciso, a Cassiana, a Leyde Day, a Luciana, o Nego do Manelão, a Alzenir, esposa do Elton e batemos um papo maravilhoso sobre as perspectivas da galera para o futuro. Perguntei sobre Santa Luzia e ouvi de muitos que já não gostavam mais de lá. “Não tem nada naquele lugar, Júnia!”. "Vamos pra lá fazer o quê?" Outros, depois de um CREDO bem dado por mim, até voltaram atrás, “A cidade é o meu porto seguro mas a prefeitura não colabora!” Não há lazer, não há emprego, não há cultura, o povo fica ocioso!”. Muitas reclamações.Soube na conversa que, muitos de nós que estamos aqui, saímos do 47 forçados pela falta de oportunidade. Não há pra nós um espaço, uma vaga, um reconhecimento. Tantos de nós até gostaríamos de permanecer por lá, mas como? Como se não há pra onde correr? É sempre assim. Santa Luzia virou fábrica de produzir mão de obra pra capital. Gente que se formou, foi educada, se esforçou, chegou no topo e fica de mãos atadas na sua própria cidade.O Eltinho,por exemplo, é um excelente profissional aqui. Lembro que um dia ele me contou que pediu demissão e os patrões, donos de uma das griffes mais famosas do mundo, a M.offcer, não aceitaram. Ele teve que ficar na marra! A Cassiana, filha da Dôra, é o braço direito da patroa dela aqui em Belém, ela é gerente de uma loja chiquetérrima e a mulher viaja pra Europa e deixa cheques em branco pra ela decidir pelas contas da loja. O Nego, filho do seu Manelão, é profissional requisitadíssimo aqui em decorações e ornamentação com flores artesanais e raras, ele faz trabalhos gigantesco para o shopping e até para o Hangar, um dos lugares mais caros e famosos da capital. Enfim são inúmeros os exemplos de luzienses que brilham nesta terra das mangueiras, gente que a cidade está perdendo por pura incompetência de não saber manter os seus. E isso não é de hoje, parece até que já virou tradição. Tanta gente do lugar com total capacidade de trabalho - e qualificado, e a cada pleito eleitoral, advogados, administradores, assessores, secretários e afins são trazidos de fora deixando a desejar aos que nasceram e se criaram na cidade.Pessoas que, até mesmo por amor, fariam um trabalho bem melhor que muitos já vistos nesses anos todos de administração municipal. A Thaisa é gerente de Banco famoso por aqui no Brasil, o Paulo CC é DJ dos mais pedidos nas noites belenenses, o Élisson do Manoel Pinto é um dos tecladistas mais requisitados por bandas de renome...Sem contar aqueles que estão mais longe e que a vida empurrou pra outros estados, como o Celson, o Ednaldo, O Manoel irmão do Reinaldo...São tantos os luzienses espalhados pelo Brasil que perdemos a conta. E é por eles que vou postar, a cada semana, um texto sobre uma pessoa daí do 47 mas que vive por aqui nos trampos da vida. A partir da semana que vem, você vai conhecer de pertinho como é a vida dessa galera aqui pela capital. Postaremos fotos, depoimentos e informações para os que os que estão aí possam matar a saudade dos conterrâneos. E vamos começar pela Alzenir, a esposa do Eltinho, ela está grávida e por isso vai entrar de licença e se não visitarmos ela primeiro pode ser que percamos a viagem. Sexta feira vou dar uma passada lá pelo loja de maior elegância no ramo de jóias em ouro de Belém pra contar a vocês como ela anda se virando no trabalho e na vida por aqui.
Aguardem....
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