8 de setembro de 2010

SETE DE SETEMBRO, QUANDO?

E o SETE DE SETEMBRO passou por Santa Luzia sem muitas comemorações. O feriado amanheceu num sol que chamava os luzienses para um passeio pelas praias e igarapés.


Cheguei à cidade às 6:40h e ela estava sendo acordada pelo barulhos de fogos de artifícios que tímidos tentavam lembrar o povo do dia em que se comemora a Independência do Brasil.

Fui até a casa da mamãe e tomamos o café e eu fui á taberna para uma conversa com o papai. Ali, às margens da BR 316, um aglomerado de pessoas assistiam sem muita empolgação à tradicional corrida que há anos acontece no município.


Equipe masculina que chegaram á cidade abrindo o espaço para as primeiras comemorações do Dia da Independência.


Participantes da ala feminina que conseguiram "vencer" o percurso de distância entre a saída, no km 37, e a chegada, em Santa Luzia.

Os dez quilômetros que dividem o 37 do 47 foram percorridos por homens e mulheres, jovens e adultos numa disputa que pouco chamou a atenção da população. Aos poucos o publico foi se formando e a marca de chegada improvisada foi ficando mais divertida e disputada.

O evento promovido pela Prefeitura Municipal, visivelmente foi desorganizado e improvisado, apesar de contar com a escolta da polícia militar e de uma ambulância.

Uma única e pequena caixa de som convidava a população ao divertimento e a chegada dos atletas foi pouco comemorada pela falta de estrutura do pódio de chegada. No lugar não havia prêmios porque a entrega dos troféus só aconteceria à tarde quando outras disputas acorreriam. Os atletas chegaram, foram aplaudidos e só, os prêmios só pela tarde...

Não captamos a presença do prefeito, de vereadores e mesmo de secretário de cultura e esporte, a única celebridade da manhã de Independência foi o Padre Elias que esteve por lá o tempo todo e abençoou os fies e simpatizantes. UMA FIGURA MUITO POPULAR E PERCEPTÍVEL, além de muito RESPEITADA, claro!

Infelizmente, muita coisa mudou em santa Luzia e, nesse caso, para pior. A Cultura e o lazer devem ser incentivados e o esporte ainda é um dos principais meios e afastar a juventude do mundo dos vícios e violências. O dia da Independência é uma ocasião propícia para se falar sobre Cidadania por isso eu senti falta do discurso, do prefeito, dos professores, as autoridades. Elas deveriam está presentes, deveriam ter incentivado o povo a participar ativamente, debater, conhecer os nossos símbolos. Mas infelizmente, o dia passou lento e sem muita motivação, muito diferente dos tempos em que eu morava por lá.

1º de setembro, dia que começam as comemorações da Semana da Pátria que tem seu apogeu no dia 7 de setembro, data que comemoramos a Independência do Brasil. Na Santa Luzia em que eu morava a escola e a comunidade se preparava para a famosa e tão esperada Semana da Pátria.Jogos, corridas e desfiles marcavam a data num dia cheio de programações e muitas comemorações.


Desfile tradicional na época em que o SETE DE SETEMBRO era data cívica comemorada no melhor dos estilos no município.

Desfilar pra mim, pra nós, que éramos fanáticos pela florentina era mais do que motivo de orgulho, era um comprometimento cívico. Uma forma de amar e divulgar o nosso amor a nossa cidade, a nossa escola, a nossa pátria. Tirávamos o uniforme do guarda roupas cheios de felicidade para o grande dia, ensaiávamos nas estreitas ruas com um sorrizão no rosto, motivo de gente feliz, cidade contente, pais e orgulhosos.


Banda das antigas trazida pelo prefeito de Ourém, Raul Santos, para o desfile tradicional em Santa Luzia quando nem cidade éramos ainda.

Eu fui desse tempo, tempo em que nem hino tínhamos, nem bandeira hasteávamos a não ser que fosse do pais ou de nosso estado. Naquela época santa Luzia não tinha uma bandeira ainda e nem isso tirava o nosso brio, a nossa vontade de atuar naquele grande teatro a céu aberto que era o desfile. Consigo lembrar do meu orgulho ao adentrar na avenida, consigo sentir a minha vontade em chegar perto da banda, de tocar um instrumento, de vestir a roupa de soldado ou enfermeira.

Sete de setembro já foi um dia tradicional na nossa cidade quando o calendário tornava obrigatório o desfile em honra à pátria e nós tornávamos obrigatório o nosso amor pela pequena cidade de chão de piçarra, de uniforme branco e azul, de jogos tradicionais e corridas e gincanas...naquele tempo pouco importava se o Brasil era ou não realmente independentes, importava mesmo que nós estávamos ali com o mão direita no peita e o hino bem ensaiado para fazer bonito...temo que esse dia não volte, que as pessoas esqueçam e que a cidade perca o que há de melhor: AS BOAS LEMBRANÇAS!!!

MAIS FOTOS:


Vencedores - corrida feminina e masculina - recebendo os aplausos da galera.


Curiosos que chegavam aos pouquinhos à Br para ver de perto o que os fogos convidavam a ver e assistir.


Prefeitura Municipal - cenário para o acontecimento - bandeiras hasteadas que lembram o civismo luziense.


Público curioso para conehcer os atletas e vencedores.


Chegada - um improviso que pegou mal segundo as pessoas quem estiveram no local - podiam ter caprichado, mas...


Público e gente luziense em dia de feriado cívico.


Chegada dos atletas comemorada aos gritos e aplausos - esporte e lazer para os visitantes.


Participantes da disputa.


Público presente - entre crianças e jovens, algusn idosos saíram de casa para ver de perto a comemoração.


Viatura do polícia militar - segurança para evitar maiores problemas.


Padre Elias entre os participantes e fiés - popularidade em alta.

Um comentário:

elinelson silva(autor do blog correio pocensse) disse...

que praia? ai tem é igarapes cheios de lixos.