3 de agosto de 2010

Ficha Limpa barra mais um candidato

Candidatura de José Barros é indeferida por ausência de prestação de contas

Mais um candidato ao cargo de deputado estadual caiu na malha fina do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) na esteira da Lei 135/2010, mais conhecida como Ficha Limpa. Trata-se de José Fernandes Barros, da coligação Cresce Pará, que teve o registro indeferido pela ausência de prestação de contas de campanhas. Porém, foi o julgamento de Raimundo Pinheiro Santos (PDT) que causou maior polêmica. Ele teve o registro questionado pelo Ministério Público Federal por conta de uma condenação de 2006 por captação ilícita de recursos e abuso de poder econômico. E por cinco votos a um, ontem, recebeu a liberação da Corte para concorrer às eleições deste ano porque já havia cumprido o período de inelegibilidade de três anos.

O caso de Raimundo Pinheiro dos Santos era diferente, pois atingia uma das novidades trazidas pela nova lei: a ampliação da condição de inelegibilidade de três para oito anos.

Oito anos, este é o prazo da nova lei que tenta inibir a corrupção nos pleitos eleitoreiros. A notícia que o jornal divulga hoje nos deixa sem saber o que pensar a respeito da legalidade dos fatos e da nossa segurança no ato de fazer com que a Ficha Limpa seja cumprida.

A notícia de hoje nos dá uma razão para crermos que a candidatura de Jader Barbalho ao senado pode sim ser aceita e tida como legal pelo Tribunal Eleitoral – UM ABSURDO!!!

Pra quem não lembra, foi no dia 04 de dezembro que o Jornal Folha de São Paulo noticiou a decisão de Jader barbalho em renunciar do mandado como presidente do senado para não perder os seus direitos políticos.

Hoje ele encabeça os processos mais esperados que possam impedir políticos envolvidos em escândalos e condenados pela lei de concorrerem às eleições e adquirirem mandatos. Em outras palavras Jader Barbalho lidera lista de políticos do Pará que renunciaram aos mandatos e devem ficar inelegíveis. MAS...

PARECE MESMO QUE TUDO VAI ACABAR EM PIZZA, COMO SEMPRE!!!

Todo mundo está ocupado em discutir o mandato para deputado estadual, e está se esquecendo de discutir a vaga ao senado que, desde ontem, quando a justiça impugnou a candidatura de Fernando Yamada, assessorado pelos petistas, deixou um legado de gente perigosa e corrupta. Nem um lado discuti isso porque ambos estão apoiando OS FICHAS SUJAS, os daqui o chefão Peemedebista e os de lá o rato barbudo petista (o deputado federal Paulo Rocha) que também está na corda bamba da inelegibilidade.
O peemedebista Jader Barbalho, que anunciou sua disposição de voltar ao Senado, pode ter seus planos frustrados diante da nova lei.

Jader renunciou ao cargo de senador em outubro de 2001, um ano antes do fim do mandato, para fugir de um processo de cassação que já havia sido recomendado por 11 votos a quatro pelo Conselho de Ética da Casa, por conta de escândalos de desvios de verbas públicas na época em que era governador do Pará e um dos articuladores da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). À luz do artigo 10º da Lei 135/2010, este é o último ano pelo qual essa condição o coloca como inelegível.

Há 43 anos na vida política, Jader exerceu cinco mandatos legislativos, foi duas vezes governador e ocupou os cargos de ministro da Previdência e Assistência Social e também de ministro da Reforma Agrária e Desenvolvimento. Porém, com a mesma velocidade com que projetou sua imagem na política paraense, deixou um rastro de polêmica e processos por onde passou. Veja:

Paraíso fiscal

O Ministério Público Federal descobriu uma conta bancária do senador Jader Barbalho em Liechtenstein, paraíso fiscal entre a Suíça e Áustria. De acordo com reportagem do Jornal do Brasil, procuradores localizaram na conta o depósito de um cheque de US$ 120 mil feito por José Osmar Borges, ex-sócio de Jader, acusado de ser um dos maiores fraudadores da Sudam.

Ligação com fraudador

A quebra do sigilo bancário de empresários suspeitos de fraudes na Sudam complicou a vida de Jader. O Ministério Público Federal detectou a remessa de um cheque de R$ 400 mil da conta de José Osmar Borges, para a do senador.

Sudam

José Osmar Borges, acusado de desviar R$ 133 milhões da Sudam, foi sócio de Jader, de 1996 a 1998, em uma fazenda no nordeste do Pará. Jader, que tinha grande influência na Sudam, indicou dois ex-superintendentes envolvidos nas fraudes.

Banpará

O Supremo Tribunal Federal abriu inquérito criminal para apurar a participação de Jader no desvio de dinheiro do Banpará. O procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, apontou indícios do crime de peculato. O Conselho de Ética do Senado concluiu que Jader foi beneficiário de 11 cheques administrativos emitidos pelo Banpará em 1984 e 1985. O desvio de R$ 5,5 milhões ocorreu quando Jader era governador do estado.

Ranário

A Polícia Federal investiga irregularidades no ranário pertencente à mulher de Jader, Márcia Centeno. O projeto recebeu incentivos da Sudam. Empresários disseram ter depositado cheques na conta bancária do ranário. Em troca, receberam notas fiscais de compra de rãs.

Paraíso

Gravação telefônica acusa Jader de ter recebido um cheque no valor de US$ 4 milhões do empresário Vicente Pedrosa, no saguão de um hotel em São Paulo, pela compra de 55.221 TDAs (Títulos da Dívida Agrária) pela desapropriação de uma fazenda inexistente, em maio de 1988. Na época, Jader era ministro da Reforma Agrária.

INSS

A Câmara dos Deputados aprovou a criação de CPI para investigar a gestão de Jader no Ministério da Previdência (1988-90). Ele é acusado de superfaturamento na compra de equipamentos e na venda de imóveis da Previdência. A venda de um casarão à falida construtora Encol foi anulada pela Justiça Federal.

Castanhais

O Incra investiga fraude atribuída a Jader na compra de 60 áreas de castanhais no sudeste do Pará. Relatório do Tribunal de Contas da União constatou superavaliação dos imóveis quando o senador era ministro da Reforma Agrária.

Seringal

O Ministério Público Federal pediu perícia judicial para avaliar se Jader desviou o financiamento público R$ 1,3 milhão que recebeu para plantio de seringueiras no Pará.

Grilagem

A CPI da Grilagem apurou indícios de fraudes atribuídas ao senador na compra das fazendas Rio Bonito e Buriti, no Maranhão, e da gleba Vila Amazônia, em Parintins, no Amazonas.

Assim, senão à justiça condenar a corrupção no Brasil, confiaremos no voto consciente e inteligente pra banir de vez gente desse tipo do cenário eleitoral brasileiro.

SEU BASTA, começa na sua escolha na hora de votar. PENSE NISSO!

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