15 de dezembro de 2010

13 DE DEZEMBRO: DIA DE SANTA LUZIA


Estive em Santa Luzia para acompanhar as comemorações do dia da nossa padroeira e estou emocionada até agora. Há dias que não tenho sentido o que se confirma em mim agora. Tenho falado tanto desta política encravada e acovardada que assola o nosso município que até esqueço que tem – e há – muitas coisas boas na nossa cidade. Santa Luzia é lugar de gente bacana, sofrida mas cheia de esperança. Há anos não acompanho a procissão mas não podia deixar de atender a um pedido do padre Elias a quem eu dedico muita admiração e apresso. Sai de Belém ainda na madrugada e dirigi durante duas horas no mais pleno escuro até chegar à cidade de Capanema, cidade de referencia para quem quer chegar ao 47. De lá até aquela ladeira da fazenda Campo 10 eu vinha no carro como naquela época em que eu ainda criança viajava de ônibus debruçada na janela. A cada fazenda, a cada quilometro daquela pista a BR 316 me levava numa viagem de retorno profundo aquela Santa Luzia que eu amei e onde morei durante a minha infância e adolescência toda.

Subir aquela ladeira do terreno do seu José Joca e ver os postes de luzes que iluminam a BR na chegada de Santa Luzia e reviver tanta coisa boa que nem o tempo e nem essas péssimas notícias trazidas pela politicagem me fizeram esquecer.

Cheguei cedo, bem cedinho e ainda vi o padeiro na bicicleta entregando o pão – cena que só lá eu ainda presencio. A cidade acordava com o barulho dos fogos de artifício mas a neblina da brisa em dias frios no interior me dizia que a procissão iria atrasar.


Parei o carro em frente ao CEPEV – e outro turbilhão de LEMBRANÇAS ME ATINGIU FORTE.


De cima do carro eletrônico eu percebi o quanto aquela cidade cresceu – a quantidade de pessoas que cercavam o trio me fazia concordar com a maioria de nós que pede melhorias no serviços públicos. Uma cidade como a nossa vai demorar muito tempo ainda pra acompanhar o compasso do seu crescimento populacional. Numa procissão católica onde muitos apesar de crerem na virgem permanecem dormindo e outros por entenderem que aquela manifestação é blasfêmia contra a palavra escrita na bíblia um montante de mais ou menos seis mil pessoas é de surpreender qualquer um. O trio estava no meio da procissão e as ruas estreitas da cidade dobravam as esquinas lotadas de fieis confiantes na santinha que linda enfeitava a berlinda. Uma multidão invadiu as ruas do 47 cantando e pedindo à virgem dos olhos o que muitas vezes o poder político não conse3gue doar.sua benção e me preparei para um dia que eu ainda não sabia,mas que marcaria a minha vida!


De cima do trio eu vi pessoas, gente que fez parte da minha história e que sorriam pra mim numa troca de carinho. Professores que marcaram a minha vida, ex e atuais prefeitos, amigos que só encontramos nessa época ou no período de eleição. Uma multidão de pessoas que caminhava atrás da Santa e me fazia feliz pelas relembranças. Morar ali me marcou, foi o que eu senti. Estar ali é uma possibilidade de esquecer os problemas cotidianos. Ser de Santa Luzia é pra mim motivo de muito orgulho. MUITO ORGULHO MESMO!

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