8 de fevereiro de 2010
O PASSADO É UMA PARADA
É chegado o carnaval em Santa Luzia. O tão esperado Carnaluziense. Trios e bandas vindos da capital do estado. Blocos e abadás confirmam a modernização da cidade. Fantasias,cervejas, micaretas e achés que embalam a galera nos três dias de folia na Avenida Castelo Branco, a nossa avenida principal. Tem gente esperando o bloco passar, tem concurso de melhor performance carnavalesca. Jacaré, Os deserdados, Somos de Deus, Tradição Junina, Burro Elétrico e uma infinidade de brincantes vão encantar as ruas da cidade numa diversão de tempos modernos. Mas quem se lembra de como era antes? É o que vamos descobrir aqui, na postagem de hoje sobre COISAS QUE EU LEMBRO, a nossa página que já é o maior sucesso.
Bom, carnaval no 47, na minha época de adolescente, era regado de muito riso e diversão. Lembro que o listão do vestibular saía por esse período e aí a cidade tinha um motivo a mais pra comemorar - lá em casa então, todo ano tínhamos um aprovado e a cerveja com churrasco corriam soltos. O lugar comemorava a aprovação de um de seus moradores como sendo o acontecimento. O filho não era só do seu Feliciano era da cidade também e a festança ia até de madrugada. Mas além disso, o que realmente marcava as marchinhas e gritos carnavalesco do lugar eram os desfiles promovidos pelos amigo Didi, hoje motorista de van, e o Missião, seu parceiro e irmão da sacanagem, o Louro, um rapaz que tinha uma taberninha colada na Barraca da Santa e que produzia fantasia e apetrechos para o carnaval. O Louro era muito engraçado e, quando se unia ao Aderson, então, a coisa não prestava. Lembro que a gente saía de casa só pra esperá-los passar vestidos de mulher. UMA PIADA! Naquela época, os times de futebol faziam uma partida no campo com os jogadores fantasiados de meninas e a turma faltava perder o fôlego de tanto rir. Os meninos do Seu Zé Martins, os irmãos da Lucia Machado, a galera da rua perto da Piscina...ERA muito divertido. A Currutela ficava lotada de gente pra assistir ao jogo mais esperado do ano e o Didi e seu bloco chegavam por lá antes da partida pra alegrar a torcida. MUITO ENGRAÇADO! Somos da época da maizena. A gente era breado com aquele pó, ou com trigo, pelos brincantes dos blocos que vinham a pé e pegavam a gente de surpresa. Não havia briga por isso, todo mundo entrava na sacanagem porque era tradição. TRADIÇÃO mesmo, tanto que já era esperado. Mas nada, NADA, substitui as boas lembranças de carnaval que vivemos, que as folias vivenciadas na danceteria Beleza Pura quando o JudSOM, ainda era o ALVINEGRO, e o DJ era o Arfonso ou o Édi. Maravilhosos! Tempos das festas de carnaval inesquecíveis. Lembro que o som começava a troar pela danceteria logo que o jogo terminava avisando o começo do carnaval, que nem carnaluziense era. A tarde toda fazíamos trenzinhos aos ombros dos amigos ao som das velhas marchinhas. TRADICIONALÍSSIMO o Carnaval do João Borracheiro. Muito bacana ter vivido esses momentos. Não tínhamos muita confusão, a galera brincava numa boa e depois que as marchinhas cansavam o corpo, AGITO neles... Dançar agito na Beleza Pura era tradição também “po popedinha”, “cola me faz bem, cola me faz mal”, “O Valdeci é o satanás!!”KKKKKKK. Muito divertido lembrar. Esse nosso inglês podre! Agitávamos aos som das discotecas, final de festa duvido que elas não tocassem, os famosos Flash Back’s. Músicas que marcaram a nossa época, o globo rodando e a gente embaixo prestando atenção ao jogo de luz fulero, mas, que naquele tempo, era a maior novidade. Sinto saudade, apesar de saber que hoje temos muito mais atrações e opções. Carnaval no João Borracheiro, uma época que vale a pena recordar. Muita saudades dessa tradição!
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Um comentário:
Maravilha mesmo...íamos lá p/ a sede do "JÃO"à tarde no carnaval das crianças, dançávamos "OH JARDINEIRA PQ ESTÁ TÃO TRISTE?..." e voltávamos com a cara só maizena...kkkkkkkk
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